UMA ANÁLISE SOBRE A EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA COMO INSTRUMENTO DE POLITICAS EDUCACIONAIS VOLTADAS PARA FORMAÇÃO DE PROFESORES
AN ANALYSIS ABOUT THE DISTANCE EDUCATION AS AN INSTRUMENT OF EDUCATIONAL POLICIES FOCUSED ON TEACHERS’ TRAINING
UN
ANÁLISIS ACERCA DE LA EDUCACIÓN A DISTANCIA COMO INSTRUMENTO DE
POLÍTICAS EDUCACIONALES DIRIGIDAS A LA FORMACIÓN DE PROFESORES
Mariza Rotta1
Cristiana Bezerra dos Santos2
Giseli Baranoski Brasil3
1 Professora Assistente da Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu, Brasil.
Doutoranda em Educação, Mestre em Ciência Jurídica. Correio
eletrônico: mzrotta@gmail.com
2 Pedagoga, graduada pela Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu, Brasil.
Correio eletrônico: crisbezerra15@hotmail.com
3 Pedagoga, graduada pela Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu, Brasil.
Correio eletrônico gi_baranoski@hotmail.comDirección para correspondencia
Resumo
A pesquisa analisa os contrastes oriundos
das transformações nos modelos de formação de
professores nos cursos de pedagogia na região
sudoeste do Paraná, por meio da inserção de curso via Educação a
Distância (EAD), que evidencia um modelo de política de democratização
do acesso ao ensino superior no país, e que vem ganhando espaço no ato
da opção entre um curso presencial ou a distância. O foco da pesquisa
contempla polos de EAD, pertencentes a uma instituição da região.
Diante desse contexto desenvolveu-se uma pesquisa de campo por meio de
questionário com as tutoras dos quinze polos, levantando informações
significativas para a investigação. Para a análise e interpretação dos
dados utilizou-se de revisão bibliográfica e documental que serviram de
aporte para as ilustrações de cunho doutrinário e legal, das políticas
atuais que contempla a EAD, voltada para a formação de professores.
Corroborando com esta pesquisa usa-se o viés fenomenológico,
sociológico e político de Mészaros, Andrioli e Altmann, que
contextualizam a reflexão sobre esse modelo de formação disseminado
como política pública que atinge diretamente o processo de formação dos
professores da educação básica.
Palavras-chave: Políticas Educacionais, Educação À Distância, Formação
De Professores, Brasil.
Abstract
This research analyzes the contrasts which come from the
change in the models of teachers’ training in the Pedagogy courses in
the southwest region in Parana, through the insertion of courses via DL
that evidence policies for democratizing access to higher education
that have been winning spaces through the of option between a regular
course and a distance one. The research focuses on the educational
centers where a field research was developed, using a questionary
applied to the tutors from the fifteen educational centers, getting
significant information for the investigation which made it possible to
analyze and interpret the data through a bibliographic and documental
review which served as basis to illustrate the policies which
contemplate DL in a legal and doctrinal way. To collaborate with this
research the phenomenological, sociological and political views from
Mészaros, Andrioli and Altmann were used to contextualize the
reflection about this model of teachers’ training spread as a public
policy that achieves directly the teachers’ training process in the
basic education.
Key words: Educational Politics, Distance Education, Teacher Training,
Brazil.Resumen
Este
artículo analiza los contrastes oriundos de las
transformaciones en los modelos de formación de profesores en los
cursos de pedagogía en la región sudoeste del estado de Paraná, por
medio de la inserción de cursos vía EAD, que evidencia un modelo de
política de democratización del acceso a la enseñanza superior en el
país, y que viene conquistando espacios en el acto de la opción entre
un curso presencial o a distancia. El foco de la
investigación contempla polos
de EAD, donde se
desarrolló el trabajo
de campo por medio de un
cuestionario aplicado a las tutoras del los quince polos, obteniendo
informaciones significativas para la investigación, que posibilitaron
el análisis e interpretación de los datos por medio de revisión
bibliográfica y documental que sirvió de aporte
para las ilustraciones de de orden doctrinario y
legal, de las
políticas actuales que contempla la EAD, dirigida a la formación de
profesores. Para apoyar esta investigación se usa la orientación
fenomenológica, sociológica y política de Mészaros, Andrioli y Altmann,
que contextualizan la reflexión acerca de ese modelo de formación
diseminado como política pública que afecta directamente el proceso de
formación de los profesores de la educación básica.
Palabras clave: Políticas Educativas;
Educación A Distancia;
Formación De Docentes, Brasil.
1.Introdução
A educação à distância impulsionada com o desenvolvimento da rede
mundial de computadores ocorrida durante a década de 90, ocupa espaço
estratégico nas políticas públicas para o ensino superior, com destaque
para a emergência na formação superior de professores, reacendendo
entre os educadores o debate que envolve análise de parâmetros
que dão aporte ao desenvolvimento desses programas,
que na maioria dos casos
descumpre as exigências reais para a formação de professores.
Esse cenário vem em meio ao discurso em prol da democratização do
ensino, das oportunidades de acesso ao sistema educacional e da justiça social, padronizados
por programas de educação à distância, mas sem referência a parâmetros
de possibilidade de chegar à qualidade do ensino nesse modelo.
Fomentando esse contexto, o Brasil segue os fundamentos políticos dos
organismos internacionais como o FMI2 e do BIRD3, órgãos, que promovem
políticas de desenvolvimento para os países da América Latina com
ênfase no âmbito educativo. As estratégias propostas pelos organismos
internacionais contemplam além da diminuição de custos, a cobrança de
taxas de desempenho para os níveis mais altos do ensino, que inclui
avaliação externa, descentralização administrativa, treinamentos para
os professores e não promovem a continuidade da formação a nível
stricto sensu, privilegiando a formação rápida e módica como critério
de eficiência (Andrioli, 2007).
Nesse limiar, percebe-se à reestruturação da formação de professores a
partir da ótica capitalista na qual o contexto escolar insere-se em uma
realidade econômica neoliberal que
se adequa ao mercado vigente em nosso país. Esse modelo traz como
pretensão ampliar o processo de qualificação rápida, limitando-a ao
treinamento para realização mais eficaz das metas apressadas de
formação de professores que tem como foco de atuação os níveis
fundamentais da educação básica, vendo na EAD4 a principal
ferramenta para consolidar esse modelo.
Pela EAD o governo ajusta o professor e seu processo formativo às
demandas do capital, enfraquecendo a dimensão social e política de sua
formação. Ainda, na busca de novas formas de acumulação do capital,
insere-se o uso das TIC5, por meio da EAD que, além de substituir o
professor pelo tutor6, são mercadorias, que ao aumentar sua circulação
ampliam o comércio para os países centrais nesse setor, fomentando o
capitalismo e mercantilizando o ensino.
É imperativo repensar diante das políticas governamentais a formação de
professores, em face do papel social, que detêm diante da formação
política, ética, social e cultural de cunho humanista, indispensável, à
formação de sujeitos partícipes no desenvolvimento de uma sociedade que
almeja a isonomia como condição de desenvolvimento de uma nação. Mas,
esse modelo de formação passa a imagem que vem para contribuir na
propagação das desigualdades sociais, fomentando o individualismo, onde
o ensino torna-se tecnicista, para atender as legislações que imperam
no mercado capitalista. Já que a proposta de formação dos professores
traz em seu subsolo o delineamento uma formação técnica para que ensine
os seus alunos á técnica e não uma base que lhe possibilite ser
consciente e participativo, sujeito da sua própria história e do seu
papel na sociedade.
2.Entrecruzamentos das políticas públicas de formação de professores na EAD: condição interpretativa
A distinção entre ensino presencial e ensino a distância foi uma
“novidade” introduzida pela LDB7 nº. 9.394/96, e representou, como bem
analisou Barreto (2008), uma “qualificação que desqualifica, desgasta,
esvazia”. Isso porque essa qualificação do ensino produz efeitos de sentido importantes, na medida em que o ensino a distância, sempre
relacionado às novas tecnologias (ao menos no discurso), parece tornar
o ensino presencial velho, arcaico, distante das novas linguagens e
tecnologias.
A expansão acelerada dos cursos e a reordenação do campo da educação à
distância por parte do poder público criam, evidentemente, condições
para o crescimento acelerado do ensino superior nessa modalidade na
última década.
A defesa da EAD como uma política educacional baseou-se nos argumentos
de que essa modalidade poderia contribuir para o crescimento econômico
e a inclusão social, pois, como estratégia de democratização do acesso
ao conhecimento, propiciaria a justiça social. Malanchen (2007) observa
que essa tese tem fundamentado os argumentos em defesa da EAD e
constitui a base da elaboração de políticas nessa modalidade. Essa
perspectiva capitalista de
produção propaga
a necessidade
de um
trabalhador com novas
características, configurando um perfil que se reproduz na área da
educação, o que muitas vezes orienta os “novos8” requisitos para
professores e alunos.
O Plano Nacional de Educação, sancionado pela Lei nº 10.172/2001
(Brasil, 2001), reitera a importância da EAD nas políticas de educação e estabelece
diretrizes, objetivos e metas para a sua implantação. Para atender as
demandas criadas na área, o plano dá ênfase à política de EAD para a
formação de professores, propondo entre seus objetivos o aumento da
oferta de Cursos de Pedagogia EAD e o apoio financeiro à pesquisa sobre
EAD.
Entretanto a organização desses projetos e suas ações pedagógicas se
enquadram preferencialmente em um modelo de ensino
de massas, sem identidade regional, transferido de
sala de aula para ambientes virtuais e/ou para tele sala, que
marginaliza a dimensão humanizadora (Preti, 2005, p.16).
O cenário indica que um dos problemas da educação em larga escala seria
o descolamento entre a proposta e a realidade dos alunos. Pois a EAD de
uma atividade complementar e subsidiária
à educação presencial,
tornou-se um objeto importante
na disputa do mercado educacional.
Cabe registrar que, no contexto da chamada “educação terciária”, para a
qual a EAD torna-se fundamental, dada a perspectiva
de massificação da educação superior,
estabeleceu-se um amplo nicho de mercado, como enfatizado em documento
do BM9: “imediatamente detrás destes novos sujeitos, vêm os produtores
de software, as editoras, as firmas de entretenimento e outros que
buscam explorar o potencial do mercado internacional emergente da
educação terciária” (Bennell & Pearce, 1998 apud Jamil, 2003,
p. 38).
É possível perceber a mercantilização da educação, já que o projeto
neoliberal orienta para a menor participação possível do Estado nas
questões sociais e na ampliação do poder do mercado como regulador das
demandas de oferta e procura de bens e serviços, sendo a educação mais
um produto a ser oferecido no mercado competitivo. Desse modo, as
propostas de formação de professores na EAD não tem caráter formativo e
acabavam por desqualificar o professor em exercício, consistindo uma
forma de aligeirar e baratear a formação (Altmann, 2002).
O que leva essa proposta a ser pensada mais como uma política
compensatória, que visa a suprir a ausência de oferta de cursos
regulares á uma determinada clientela, sendo dirigida a segmentos
populacionais historicamente já afastados da rede pública de educação
superior. Agrega-se a rudimentar capacidade de regulação e de controle
da qualidade por parte do poder público e a ausência de políticas de
EAD. Dessa forma a educação torna-se uma responsabilidade individual
dos estudantes, ocultando a exclusão provocada pela desigualdade
educacional.
Um dos grandes desafios contemporâneos é conseguir superar essa visão
puramente econômica para investir de fato na formação dos indivíduos.
Nessa conjuntura a formação de professores chama atenção. As políticas
que vêm sendo praticadas priorizam a formação aligeirada de baixo
custo, que não prepara os professores para as diversidades. Os
professores precisam passar por um processo de formação, que propicie a
compreensão do contexto em que estão inseridos. São eles os
multiplicadores e fomentadores de educação e essa visão meramente
certificadora interfere na qualidade de todo sistema educacional.
3.Metodologia
A pesquisa denota um
caráter pragmático, visto que
é um processo formal e
sistemático de desenvolvimento do método científico. “O objetivo
fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o
emprego do procedimento científico” Gil (1999). Que se utiliza da
pesquisa exploratória para que a construção de hipóteses seja
facilitada, primando por um planejamento flexível, de modo que
possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato
estudado. Cominando essa possibilidade com a pesquisa explicativa que
busca identificar os fatores que contribuem para os problemas que serão
investigados. (Gil, 1991, p.46).
Nesse sentido, a pesquisa de campo desenvolveu-se por meio da aplicação
de questionário com questões objetivas que foram aplicadas para alunos
que estudam no Curso de Pedagogia na modalidade EAD no
município de Dois Vizinhos
– PR pela rede ‘X’, abordando questões
que possibilitem delinear o perfil de quem procura essa modalidade de
ensino. A coleta de dados que permite delinear o crescimento da oferta
e procura pela formação de professores a distância na região Sudoeste
do Estado do Paraná estende-se junto aos polos pertencentes à rede ‘X”,
localizada na Região Sudoeste do Paraná, o qual totalizou 15 polos, nos
quais se levantou dados, junto as tutoras desses polos.
A discussão dos resultados utilizou-se de análises bibliográficas e
documentais para revelar elementos sobre a historicidade legal do tema
abordado, tornando menos opacizado os porquês envolvidos na pesquisa.
A pesquisa interpreta questões intrínsecas às políticas públicas de
formação de professores à distância por meio da contextualização entre
a oferta e procura dessa modalidade de ensino na região Sudoeste do
Estado do Paraná. As hipóteses propõem a investigação do perfil dos
alunos que optam por essa modalidade de ensino, e em consequência
analisar e interpretar as implicações teóricas e políticas no contexto
atual, para compreender como ocorre esse processo, suas causas e
consequências.
4.Resultados da pesquisa
4.1 Quem é o aluno da EAD?
Com o surgimento da EAD as pessoas que procuravam essa modalidade de
ensino, em geral, eram pessoas que ao concluir o ensino médio pararam
de estudar por longo período, e viram na EAD a oportunidade de voltar a
estudar. Atualmente, constata-se que os jovens, principalmente as
mulheres, estão em busca cada vez mais de um ensino flexível, nesta
idade precisam de uma formação, porém ao mesmo tempo necessitam
trabalhar, e ainda muitas precisam cuidar da casa e da família, diante
desse quadro procuram cursar um curso de graduação, que não tome muito
tempo e que tenha um valor mais acessível, optando assim por uma EAD.
A figura 01 retrata que os cursos de formação de EAD contemplam alunos
de faixa etária diversificada, porém o percentual de 32% dos
pesquisados encontra-se na faixa etária de até 23 anos, outros 32%
estão na faixa de 24 a 27 anos, como se pode notar é que nos dias de
hoje cada vez mais jovens estão buscando essa modalidade de ensino.
A figura 01 demonstra dados que perpassa debates que circundam o meio
acadêmico e comprovam o perfil do aluno, que se encontra cursando
cursos de nível superior via EAD, que caracteriza-se como “o aluno
on-line ‘típico’ que é geralmente descrito como alguém que tem mais de
25 anos, está empregado, preocupado com o bem-estar da comunidade, com
alguma educação superior em andamento, podendo ser tanto do sexo
masculino quanto do feminino” (Gilbert apud Ferreira e Mendonça, 2001,
p. 74). Denota-se que essa forma de ensino, está disponível em qualquer
local e horário o que permite a esse perfil de aluno continuar no
mercado de trabalho em tempo integral e dar atenção a família.
Diferente do ensino presencial que tempo exclusivo dedicado à formação
em sala e paralelo demandas de atividades para complementar o processo
de formação.
20% das pessoas na faixa etária dos 28 anos aos 31 anos se preocupam ou
precisam ter uma formação de nível superior para adquirir estabilidade
profissional, o que os motiva a optar por esse modelo de formação. Mas,
em contrapartida nenhuma pessoa na faixa dos 32 a 35 anos estão
cursando o EAD, cabe pontuar, que deve-se a percepção pessoal que
possuem sobre esse modelo de formação ou que já passaram por um
formação de nível superior na modalidade presencial. Já, cerca de 12%,
acima dos 36 anos até os 40 anos que estão cursando o EAD, e 4% acima
dos 40 anos.
Muitas dessas pessoas que estão na faixa etária de até 23 anos e de 24
a 27 anos, provavelmente até tentaram cursar uma faculdade presencial,
mas certamente sem êxito, sendo assim com o crescimento das tecnologias
e o desenvolvimento acelerado da população, buscam uma
profissionalização, mas ao mesmo tempo não possuem uma renda que possam
conciliar os estudos com o sustento da família. Na hora de optar por
uma instituição acabam escolhendo a EAD, por oferecer cursos com valor
acessível e menor tempo de frequência com essa modalidade de ensino
encontram a oportunidade de ampliar seus conhecimentos e posteriormente
conseguir um emprego onde se sintam menos diminuídas perante a
sociedade.
A figura 2 sinaliza para o quanto se torna acessível cursar uma EAD,
pois 46% dos entrevistados ganham entre 1 a 3 salários mínimos e 50%
entre 4 a 7, de modo que qualquer pessoa pode ter a oportunidade de ter
um curso superior, e ainda conciliar com o sustento familiar. Já as
pessoas que ganham de 8 a 9 salários mínimos não procuram a EAD e
somente 4% que ganham mais de 10 salários mínimos escolhem esta
modalidade de ensino.
Esse dados, incluem a percepção de algumas pessoas para as exigências
legais que emanam em curtos prazo em nosso país sobre o processo de
formação de professores e para buscar a possibilidade de assumir um
cargo de coordenadora pedagógica que se torna possível apenas com o curso de pedagogia.
Um dos grandes pontos que esta fazendo com que o EAD cresça cada ano
mais, é o valor da mensalidade, geralmente, custa bem mais barato do
que cursar uma presencial. Uma análise feita sobre as diferenças de
valores entre as instituições presenciais e de EAD, ficando esta 50%
mais barata do que as formais.
O que se pode analisar é que quando iniciou o EAD as pessoas que
frequentavam essa modalidade eram professoras atuantes que tinham
apenas o magistério e já possuíam uma renda, com a obrigatoriedade de
uma formação superior para lecionar no ensino fundamental buscaram se
aperfeiçoar optando pela EAD.
Hoje, encontram-se nessa modalidade de ensino, professoras da educação
infantil e de outras licenciaturas, que buscam o curso de Pedagogia na
EAD para atender a novas exigências, como, ser pedagoga em nível de
município, e para lecionar nas séries iniciais do ensino fundamental.
Sendo assim, fica claro um dos pontos principais de encontrar tantos
estudantes dentro dessa modalidade que já estão atuando na área em que
estão estudando. É possível observar na figura 3
que 50% dos entrevistados já trabalham na área que estudam. Assim, é
nítido que essa modalidade de ensino ampliou as possibilidades de
formação da população, quem antes não possuía condições ou oportunidade
de frequentar um curso superior. Possibilidade essa que estava
vinculada a custo com deslocamento, pagamento de mensalidades, que ao
ser analisado tornava inviável a busca pela formação por consumir um
significativo percentual do orçamento familiar.
Mas, apesar destas considerações, a uma grande preocupação em torno da
formação inicial de professores ocorre na modalidade do EAD.
O EAD não é uma modalidade de ensino que possa substituir uma formação
inicial presencial, é nesse momento onde as pessoas que estão em
formação precisam de contatos diretos, de trocas de experiências com
seus colegas, principalmente com seus professores.
[...] a educação à distância é utilizada tendencialmente para suprir a
ausência de oferta de cursos de formação inicial a uma determinada
‘clientela’, apresentando-se dessa forma como uma política
compensatória, dirigida aos segmentos populacionais já historicamente
prejudicados e que apresentam defasagem em relação
ao sistema formal de educação. (Scheibe, 2006 apud Bahia,
2012, p. 65)
A figura 3 mostra, ainda, que 25% não desempenharam atividade
profissional, 13% são estagiárias e 12% trabalham em área diferente do
curso que frequenta o que dificulta a procura por uma educação
presencial, por ter um custo mais elevado e por necessitar de mais
frequência.
Os cursos à distância possuem vários diferenciais daqueles presenciais,
a EAD surge como a modalidade educativa que pode atender aos setores
sociais não alcançados pelo ensino presencial, como, por exemplo, os
residentes em áreas geográficas distantes, onde não há escolas
convencionais; os trabalhadores adultos que, cumprindo suas jornadas de
trabalho, não podem frequentar a escola tradicional; as donas de casa
que não podem cumprir os horários letivos; as pessoas que por não se
encontrar na faixa etária ficam constrangidas em frequentar o ensino
presencial, mas que desejam continuar seu processo
educativo ou ainda os trabalhadores
que buscam algum tipo de qualificação. Porém
a qualidade do ensino não é a
mesma.
A figura 4 mostra que 75% dos entrevistados afirmaram que o curso a
distância é ótimo e 25% responderam que o mesmo é bom. A grande maioria
dos alunos inseridos nessa modalidade de ensino considera a EAD como
algo surpreendente, maravilhoso, pois antes não tinham condições de
continuar seus estudos, hoje com a EAD conseguem concluir um ensino
superior, o que aumenta a esperança de possuir um emprego de qualidade,
bem remunerado e com isso garantir um futuro melhor.
Existem alguns projetos sendo articulados para a formação em curto
prazo de professores que ainda não tem ensino superior, o que não estão
percebendo é que uma boa formação inicial leva tempo. Para (Scheibe,
2006 apud, Bahia, 2012, p. 64) “O cenário atual aponta, mais uma vez,
portanto, para a continuidade de políticas de desqualificação do
profissional de ensino, ao considerar que sua formação inicial pode ser
simplesmente substituída por treinamento em serviço”.
O que não é perceptível é que essa modalidade de ensino pode trazer
muitas consequências, os efeitos
de uma formação à distância
podem indicar muito mais um
aligeiramento formativo, para atender a demanda do país em termos da
formação de professores no ensino superior, em detrimento de uma
formação aprofundada, mais pontual e cautelosa.
Uma grande vantagem da EAD é a flexibilidade dos horários, o que atrai
muitos para essa modalidade, sendo que os alunos podem desenvolver suas
atividades de acordo com sua rotina, em casa, no trabalho, ou ainda em
qualquer local onde haja um computador com internet.
A figura 5 demonstra que 50% dos entrevistados desenvolvem suas
atividades em casa, 22% apenas na unidade onde esta matriculado, 16%
utilizam todos os lugares citados para desenvolver suas atividades e
12% aproveita o local de trabalho para realizar suas atividades. O que
se observa é que com o avanço das tecnologias a maioria das pessoas
hoje já possui computador com internet em casa, o que aumenta a procura
por essa modalidade de ensino.
O fato de a graduação ser a distância não tira dos alunos a
responsabilidade de estudar e realizar atividades regularmente. Como se
pode perceber na figura 6 o número de horas de estudos dos
entrevistados é considerável, sendo que 69% dos entrevistados dispõem
de 2 a 4 horas por dia do seu tempo para estudos, 22% dispõe de apenas
1 hora por dia e 9 % dos entrevistados dispõe de 4 a 6 horas por dia
para realizar seus estudos.
Todos os trabalhos são realizados pelos alunos semanalmente e
posteriormente enviados para avaliação dos tutores. Vale lembrar ainda
que os tutores normalmente não são professores formados, o que põem em
dúvida a qualidade da formação desses sujeitos.
O aluno que busca a modalidade a distância geralmente é muito diferente
do aluno do ensino presencial, segundo Ferreira e Mendonça (2008, p.6)
“[...] O aluno que precisa do professor ao lado dele, cobrando ou
elogiando, não é bom para educação à distância. É preferível um aluno
um pouco mais maduro, autônomo. E que cumpra os prazos”. Seria
apropriado se esse fosse o perfil de todos os estudantes do EAD, mas
esse ideal de aluno está longe de fazer parte da grande maioria das
pessoas que procuram essa modalidade de ensino. Conforme se demonstra
na figura 7, 35% dos entrevistados optaram pelo EAD por ter menor
frequência de encontros, 22% optaram por ter um valor mais acessível,
14% por outro fator, 13% optaram pelo EAD por não ter o curso
presencial na cidade onde moram e 8% por indicação e ainda os outros 8% por estarem frequentando o curso
gratuitamente.
É contundente observar que a procura por uma formação a distância vem
crescendo nesses últimos anos, as pessoas não tem mais tempo para
conciliar os estudos com o trabalho e ainda ter tempo para a família,
sem falar que ao mesmo tempo a sociedade exige uma formação, sendo
assim o EAD se torna um método fácil e rápido.
As pessoas que frequentam a modalidade de ensino a distância consideram
que são inúmeras as vantagens, além da menor frequência de encontros, o
valor da mensalidade mais acessível, o que permite que todas as classes
tenham acesso á formação superior, que antes não tinham em virtude do
alto preço das mensalidades na modalidade presencial, além de
que o número de instituições
que oferecem cursos a
distância é maior do
que os presenciais.
O fato de que não há muitas instituições de ensino superior presenciais
na região do Sudoeste do Paraná, aumenta a procura por essa modalidade
de ensino. Pelo fato de que os alunos não se tornaram ciente que as
politicas públicas de financiamento abriram-se para tornar real o sonho
de uma formação superior de qualidade, um dos programas que viabiliza
essa possibilidade é o Fundo de Financiamento Estudantil - FIES, que
oferece até 100% do financiamento de um curso superior, com carência de
2 até 5 anos para começar a pagar, facilitando o ingresso em uma
graduação presencial. Mas, mesmo com essas vantagens, as pessoas ainda
preferem escolher a modalidade a distância.
A figura 8 demonstra que 96% dos entrevistados indicariam uma graduação a
distância, por
considerarem serem cursos de qualidade, e por oferecer facilidade aos
alunos, permitindo que trabalhem e estudem sem prejudicar ou restringir
o tempo com a família. Somente 4% dos entrevistados dizem não ter
certeza que indicariam esse modelo de formação.
Pode-se dizer que a EAD está expandindo com muita rapidez e se tornando
a modalidade mais
procurada por jovens e adultos que pretendem
ingressar no ensino
superior.
Apesar da grande maioria que frequentam essa modalidade de ensino
considerarem os cursos de qualidade, não conseguem ter a percepção que
essa modalidade esta se tornando um ensino de cunho
técnico profissionalizante, e não um modelo de
formação adequada e de qualidade, onde
é possível formar cidadãos críticos e preparados para defender seus
direitos.
Conforme o Resumo Técnico do Censo da Educação Superior de 2009
(Brasil, 2010), o número de matrículas em cursos de pedagogia na
modalidade a distância, no ano de 2009, chegou a 286.771 – o maior
número de matrículas dentre os cursos oferecidos nesta modalidade. Em
relação à modalidade presencial, as matrículas chegaram a 287.127, e
isso demonstra a acelerada expansão da modalidade a distância, em
termos de matrículas, se for levado em consideração o pouco tempo que
esta modalidade faz parte do atual contexto educacional.
Esse modelo se consolida porque as pessoas buscam apenas o que é mais
cômodo, e que
legalmente lhes atribui os mesmos direitos de atuação profissional.
É possível considerar que, boa parte da população brasileira,
antes
excluída deste nível de ensino, agora tem acesso
a formação superior.
Por esse viés é
considerado positivo, mas o agravante
desse processo não é o acesso, mas o diploma na mão de um profissional
que não consiga trabalhar com as demandas que o meio possa lhe propor.
4.2 Ensino de graduação a distância: reflexo educativo dessa
política no contexto de formação de professores
Segundo dados do Censo da Educação Superior de 2010, realizado pelo
INEP10 o Curso de Pedagogia é o que tem mais alunos em graduações a distância no
Brasil. Ao todo, são mais de 273 mil matrículas, há cerca de 930 mil
matrículas em EAD, o que significa que, a cada cem alunos de graduações
à distância, 30 são de Pedagogia.
A pesquisa realizada na região Sudoeste do Paraná segue os mesmos
índices do censo. Em análise as informações obtidas em pesquisa junto
aos polos11 de EAD os entrevistados informam que o Curso de Pedagogia é
o mais procurado.
No Polo de EAD da Instituição ‘X’, do município de Dois Vizinhos - PR,
a primeira turma de Pedagogia iniciou em 2005 formando-se em 2008. De
2009 a 2012, mais 11 turmas formaram-se. Em média 3 por ano. Hoje esse
Polo tem 92 alunos matriculados. Sendo que no mesmo município há oferta
do Curso de Pedagogia na modalidade presencial, mas que á dois anos não
abre novas turmas.
Os fatos indicam que o novo modelo de formação pode levar à
desconfiguração da proposta de formação nacional para os Cursos de
Pedagogia. Compreende-se que a mudança compelida nesse Curso faz parte
de um conjunto maior de reformas do Estado, iniciadas nos anos 1990, tendo em vista adaptações às novas demandas da
sociedade capitalista. Mudanças que têm por objetivo servir,
primeiramente, ao mercado e, com isso, manter a ordem e o controle da
sociedade para que a hegemonia burguesa seja garantida (Mészáros, 2005).
A educação nesse processo “é entendida como essencial à conservação das
relações sociais capitalistas contemporâneas por conjugar a conformação
política e econômica das futuras gerações” (Falleiros; Pronko;
Oliveira, 2010, p. 89). O que acaba por legitimar o novo modelo de
participação na sociedade e a despolitização dos sujeitos coletivos
numa perspectiva social, representando a solidificação do novo
individualismo como valor moral radical, a valorização do mercado
enquanto regulador das relações sociais e na ressignificação das noções
de igualdade e de liberdade, garantindo os fundamentos da nova
cidadania.
Apesar dos documentos da UNESCO12 (2001), dentre eles, as Declarações
de Jomtien (1990) e Dakar (2000), evidenciarem que os professores são essenciais
para a promoção da educação de qualidade, pois nenhuma reforma
educacional será bem sucedida sem a participação ativa e a
preponderância dos professores, tais argumentos não significam o
resgate de uma política de formação dos profissionais da educação e de
valorização do magistério. Ao contrário, acredita-se estar envoltos em
uma política de formação com uma perspectiva duplamente compensatória.
Inserida na lógica de mercado, a política de formação de professores
obedece à lógica mercantil, enfraquecendo a ação proativa dos sujeitos
e instaurando uma dimensão precária e fragilizada para lidar com a
responsabilidade que lhe é imputada na construção da sociedade
brasileira. Em segundo lugar, a profissionalização docente reforça a
formação fragilizada, na medida em que profissional inserido no mercado
do conhecimento torna-se refém do mesmo,
no sentido de preencher
o vazio deixado pela
formação inicial. Tal condição ainda lhe
responsabiliza pelos custos financeiros e ideológicos de sua formação.
A UNESCO (2001) incentiva cultural e ideologicamente à educação
atribuindo-lhe uma função salvadora. Na dimensão da simplificação dos
problemas, os professores são focalizados e, embora formados em
programas aligeirados, são considerados essenciais para alcançar uma
educação de qualidade. Deslocados do papel principal de mediador no processo social de apropriação de conhecimentos historicamente
produzidos, os profesores são chamados a assumir a condição de
educadores que trabalham com valores, atitudes, comportamentos e
competências. Nestas condições, a UNESCO (2001) defende a formação de
professores numa perspectiva humanista, cuja autoridade moral e
intelectual é realçada, sendo também condição necessária para adaptar o
ser humano a um mundo em transformação e, consequentemente, reproduzir
a cultura arbitrária dos grupos dominantes.
De modo
geral, alheias às demais interfaces, das políticas educacionais, e em
especial, as
direcionadas à formação de professores. A UNESCO (2001) se restringe a
evidenciar a responsabilidade dos professores como elementos
fundamentais para atingir as metas internacionais de Educação para
Todos, adotadas desde 1990, de forma consensual e prioritária. O que
falta é consolidar uma política de formação de professores coerente com
o processo de desenvolvimento e transformação das relações sociais.
5.Considerações finais
A educação a distância tem sido invocada como solução para as carências
educacionais. Novas tecnologias potencializam o ensino a distância,
sugerindo a intensificação do esforço educacional e a ampliação do seu
alcance social, dando a crer que possam atenuar desigualdades
educacionais em várias partes do mundo. Tecnologias educacionais,
potencialmente aptas a fornecer maior amplitude à educação pública,
convertem-se em barreiras para segmentos da população com pouca ou
nenhuma familiaridade com seu manejo. Apropriadas por investidores
privados tornam-se instrumentos da comercialização do ensino.
Ensejando tal perspectiva, projetos de ensino a distância são inseridos
em políticas educacionais autodenominadas inclusivas. Promovido por
agências financeiras multilaterais, por organismos públicos ou por
empresas privadas, o ensino a distância reveste-se de características
diversas. Favorecendo, desse modo, a expansão do mercado educacional e
o surgimento de restrições socioeconômicas impostas pelo ensino pago.
A ênfase na EAD como política pública para a formação de professores
responde pelo menos duas conjecturas importantes: a possibilidade de
minimizar rapidamente a falta de qualificação dos professores (já que
atende a um grande contingente de pessoas com custos bem menores que a
formação presencial), e a de ampliar o acesso à educação superior.
Apresentando-se assim, como solução para problemas educacionais, porém
o ensino a distância converte-se em domínio de interesses políticos e
econômicos de caráter restrito.
Nesse contexto, o ensino é posto em questão. O debate sobre a
relevância do ensino presencial deve mobilizar os educadores, pois se
revela como espaço insubstituível na vida social. Nesse ambiente
realiza-se a sociabilidade e a convivência que se contrapõem ao
individualismo. A defesa da interação virtual subtrai os fundamentos
sociais das relações humanas. Estas relações têm origem e lugar em
instituições sociais. As interações humanas e as conexões técnicas não
substituem instituições educacionais. Impulsionam sua transformação,
porém não anulam sua função socializadora. A EAD pode se constituir
numa ferramenta importante a ser utilizada para enriquecer os cursos
presenciais de formação de professores, mas jamais para substituí-los.
Ou seja, é preciso retomar a dimensão da totalidade para se compreender
o papel da educação na formação do homem, e o papel do professor,
enquanto intelectual responsável por difundir essa educação na escola.
Toda essa discussão insere-se numa realidade concreta e histórica, onde
se entrecruzam os projetos pessoais e existenciais das pessoas. Não é
irrelevante que, para muitas pessoas, a EAD seja a única possibilidade
de retorno à escola, e, mais ainda, de acesso ao ensino superior.
No entanto, tornar a EAD a principal estratégia de formação inicial e
continuada de professores não apenas reduz a formação a mecanismos de
certificação em massa, dada a transmissão rápida dos conhecimentos e a
perspectiva de adestramento, como se esvazia, como discutiu Chauí
(2003, p.7), a “marca essencial da docência”, que é a formação.
Citações
2 Fundo Monetário Internacional
3 Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento
4 Educação à distância.
5 Tecnologias da Informação e Comunicação
6 Orientador da aprendizagem do aluno solitário e isolado que,
frequentemente, necessita do docente ou de um orientador para indicar o
que mais lhe convém em cada circunstância.
7 Lei de diretrizes e bases da educação.
8 Que contemple leituras de contexto, formação humana e para o mercado
de trabalho e que ao mesmo tempo seja gestor do próprio conhecimento.
9 Banco Mundial.
10 Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira.
11 Polos: Local devidamente credenciado pelo MEC, no País ou no
exterior, próprio para o desenvolvimento descentralizado
de atividades pedagógicas e
administrativas relativas aos
cursos e programas ofertados a
distância, onde o estudante terá as atividades de tutoria presencial,
avaliação e poderá utilizar toda a infraestrutura tecnológica para
contatos com a instituição ofertante. Localizado nos diversos
municípios da região
Sudoeste do Paraná, pertencente a rede de ensino ‘X’.
12 Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.
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educacional brasileiro. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, 28(1),
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UNESCO. (2001). Educação para todos: o compromisso de Dakar. Ação
educativa. Brasilia: UNESCO–CONSED.Correspondencia a:
Mariza Rotta: Professora Assistente da Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu, Brasil.
Doutoranda em Educação, Mestre em Ciência Jurídica. Correio
eletrônico: mzrotta@gmail.com
Cristiana Bezerra dos Santos: Pedagoga, graduada pela Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu, Brasil.
Correio eletrônico: crisbezerra15@hotmail.com
Giseli Baranoski Brasil: Pedagoga, graduada pela Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu, Brasil.
Correio eletrônico gi_baranoski@hotmail.com
Artículo recibido: 6 de agosto, 2013 Devuelto para corrección: 9 de
octubre, 2013 Aprobado: 12 de diciembre, 2013