ISSN 2215-3535
Actualidades en Psicología, 39 (138), janeiro-junho, 2025, 47-57
DOI: 10.15517/ap.v39i139.56408
Esta obra está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-SinObraDerivada 4.0 Internacional.
www.revistas.ucr.ac.cr/index.php/actualidades
Universidad de Costa Rica
Estudo psicométrico do Narcissistic Personality Inventory
(NPI-13)
Psychometric Study of the Narcissistic Personality Inventory (NPI-13)
Renan Pereira Monteiro 1
https://orcid.org/0000-0002-5745-3751
Gabriel Lins de Holanda Coelho 2
https://orcid.org/0000-0003-4744-3151
Emerson Diógenes de Medeiros 3
https://orcid.org/0000-0002-1407-3433
Gleidson Diego Lopes Loureto 4
https://orcid.org/0000-0002-0889-6097
Carlos Eduardo Pimentel 5
https://orcid.org/0000-0003-3894-5790
1 Departamento de Psicopedagogía, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa-PB, Brasil.
2 Independent Researcher, Cork, Irlanda.
3 Departamento de Psicologia, Universidade Federal do Delta do Parnaíba, Parnaíba-PI, Brasil.
4 Education Center, Universidade Federal de Roraima, Boa Vista-RR, Brasil.
5 Departamento de Psicologia, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa-PB, Brasil.
1 renanpmonteiro@gmail.com 2 linshc@gmail.com 3 emersondiogenes@gmail.com 4 diegoloureto.dl@gmail.com
5 cep@academico.ufpb.br
Recebido: 27/9/2023. Aceito: 25/3/2025.
Resumo. Objetivo. Adaptar para o Brasil o NPI-13, reunindo evidências psicométricas. Método. Participaram
520 pessoas que responderam a medida em questão, o Questionário dos Valores Básicos, o Inventário dos
Cinco Grandes Fatores, a Escala Levenson de Psicopatia e o Two-Dimensional Mach-IV. Resultados. A estrutura
de três fatores do NPI-13 (Liderança/Autoridade, Grandiosidade/Exibicionismo, Senso de direitos/Exploração)
recebeu suporte (TLI > 0.90; RMSEA < 0.08). O NPI-13 se correlacionou com os valores de realização e com
a díade sombria (i.e., psicopatia e maquiavelismo), além dos fatores Liderança/Autoridade e Grandiosidade/
Exibicionismo se correlacionarem de forma mais consistente com a extroversão ao passo que Senso de direitos/
Exploração o fez com o neuroticismo. Em suma, reuniram-se evidências sobre o NPI-13, sendo uma medida útil
para captar a multidimensionalidade do construto no Brasil.
Palavras-chave. Narcisismo, tríade sombria, personalidade, escala, psicometria
Abstract. Objective. The objective of this study was to adapt the NPI-13 for the Brazilian context, gathering psy-
chometrics evidence. Method. A total of 520 participants completed the NPI-13, the Basic Values Questionnaire,
the Five-Factor Inventory, and the Dirty Dozen. Results. The three-factor structure of the NPI-13 (Leadership/
Authority, Grandiosity/Exhibitionism, Entitlement/Exploitativeness) was supported (TLI > 0.90; RMSEA < 0.08).
Correlations were found between the NPI-13 with achievement values and the dark dyad (i.e., psychopathy and
Machiavellianism). The Leadership/Authority and Grandiosity/Exhibitionism factors were consistently correlated
with extraversion, while Entitlement/Exploitativeness was correlated with neuroticism. In summary, evidence
was gathered for the NPI-13 in the Brazilian context, indicating that it is a useful measure for capturing the
multidimensionality of the construct in Brazil.
Keywords. Narcissism, dark triad, personality, scale, psychometrics
Estudo psicométrico do NPI-13
Actualidades en Psicología, 39(138), 2025.
48
INTRO MÉTODO RESULTADOS DISCUSSÃO REFERÊNCIAS
Introdução
O mito grego de Narciso é um dos mais conhe-
cidos. Ele se apaixona pelo reexo da sua própria
imagem e, pensando ser o de outra pessoa, morre
por não ter o amor correspondido (Levy et al., 2011).
Oriundo deste mito e da admiração exacerbada por
si próprio, o narcisismo como um construto psicoló-
gico tem suas origens no nal do século XIX (Pincus
& Lukowitsky, 2010). Atualmente, segue entre os mais
estudados traços de personalidade. Por exemplo, en-
trando com o descritor “narcissism” no APA PsycNet
(https://psycnet.apa.org), vericaram-se 1.423 resulta-
dos (de 2022 a 2024), entre livros, capítulos e artigos.
Apesar de tantas evidências atestando a importância
de se analisar o construto, há poucos estudos empíri-
cos sobre o tema no Brasil. Tais números, talvez, seja
reexo da falta de instrumentos adequados para a
sua mensuração. Desta forma, visando fornecer uma
alternativa que propicie o estudo do narcisismo no
Brasil, o presente estudo objetiva testar os parâme-
tros psicométricos da versão de 13 itens do Narcissis-
tic Personality Inventory (NPI-13; Gentile et al., 2013).
Narcisismo: Conceituação e quanticação
De acordo com a quinta edição do Manual Diag-
nóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-V),
o Transtorno de Personalidade Narcisista (TPN) reete
um padrão consistente de grandiosidade, necessi-
dade constante de ser admirado, acompanhado por
falta de empatia e crença de ter mais direitos que os
demais, tendo comportamento explorador e usando
os outros em benefício próprio (APA, 2013). Contudo,
o narcisismo não é estritamente patológico, apresenta
também uma variante subclínica (Paulhus & Williams,
2002), sendo um traço de personalidade que pessoas
da população em geral podem apresentar em dife-
rentes níveis (Monteiro, 2017).
Mesmo em níveis não patológicos (i.e., sua va-
riação subclínica), o narcisismo se relaciona a diver-
sos prejuízos, tanto a nível intra quanto interpessoal.
Por exemplo, pessoas narcisistas são mais agressivas e
violentas, sobretudo quando são provocadas (Kjærvik
& Bushman, 2021), são menos empáticas e tendem a
não apresentar comportamentos pró-sociais (Caval-
canti et al., 2022), além de terem comportamentos
de risco (Buelow & Brunell, 2014), condutas perigosas
no trânsito (Monteiro et al., 2018) e serem inéis em
seus relacionamentos íntimos (Monteiro, 2017). Per-
cebe-se o quão tóxico o narcisismo pode ser, indi-
cando o seu papel relevante para a predição de uma
série de comportamentos prejudiciais aos demais.
Não obstante, a literatura brasileira ainda é inci-
piente sobre o tema, o que perpassa pela falta de
medidas adaptadas para este contexto. Nos últimos
anos, medidas para avaliação da tríade sombria –
um agrupamento de traços aversivos que envolve,
além do narcisismo, a psicopatia e o maquiavelismo
– foram validadas em contexto brasileiro (Gouveia
et al., 2016; Monteiro, 2017). As duas mais conheci-
das são a Dirty Dozen (Jonason & Webster, 2010) e a
Short Dark Triad (Jones & Paulhus, 2014), avaliando o
narcisismo por meio de quatro e nove itens, respec-
tivamente. Contudo, tais medidas consideram como
unidimensionais construtos, a exemplo do narcisis-
mo, multidimensionais (Ackerman et al., 2011).
Versões de 40 (Monteiro et al., 2020) e 16 itens
(Monteiro, 2017) do Narcissistic Personality In-
ventory também têm sido utilizadas em contexto
brasileiro, contudo, não há estudos que testem os
parâmetros psicométricos de tais medidas. Logo,
faz-se necessário contar com uma medida espe-
cíca para a avaliação do narcisismo, explorando
a sua estrutura fatorial, cobrindo a complexidade
e multidimensionalidade do construto.
Narcissistic Personality Inventory
Ante o exposto, destaca-se que o Narcissistic
Personality Inventory é a medida mais conhecida
e utilizada para a avaliação da variante subclínica
do narcisismo (Ackerman et al., 2011). Inicialmente
proposta por Raskin e Hall (1979), era composta
por 54 itens, baseados nos critérios do DSM-III
para a descrição do TPN. Renada posteriormente
por Raskin e Terry (1988) para 40 itens (NPI-40),
sendo uma medida de escolha forçada, havendo
Estudo psicométrico do NPI-13
Actualidades en Psicología, 39(138), 2025.
49
INTRO MÉTODO RESULTADOS DISCUSSÃO REFERÊNCIAS
mesmo traço latente (Ackerman et al., 2016). Ademais,
autores sugerem uma mudança no formato de res-
posta, passando da escolha forçada para o tipo Likert,
o que resultaria em um incremento tanto na infor-
mação fornecida pela medida (Boldero et al., 2015),
quanto em sua consistência interna (Miller et al., 2018).
Presente estudo
Considerando o previamente exposto, este es-
tudo objetiva reunir evidências de dedignidade,
validade baseada na estrutura interna e com base
nas relações com variáveis externas da versão brasi-
leira do NPI-13, utilizando escala de resposta para o
tipo Likert. Em relação às associações com variáveis
externas, tiveram-se em conta os valores humanos
(Gouveia et al., 2014), a díade sombria (psicopa-
tia e maquiavelismo; Pailing et al., 2014) e os Cinco
Grandes Fatores (CGF; McCrae & Costa, 1997).
Considerando que narcisistas tendem a ser in-
dividualistas, com forte vontade de poder, pres-
tígio e de ser admirado pelos demais (Coelho et
al., 2021; Jonason et al., 2018), esperamos relações
mais consistentes entre o narcisismo e os valo-
res pessoais de realização (Hipótese 1). Por outro
lado, tendo em vista que narcisismo, psicopatia e
maquiavelismo apresentam características em co-
mum, como a baixa empatia (Paulhus, 2014), baixa
honestidade/humildade (Book et al., 2015) e ten-
dências para explorar os demais (Jones & Figueire-
do, 2013), esperam-se correlações positivas entre
tais construtos (Hipóteses 2 e 3). No que respei-
ta ao CGF, considerando que a amabilidade é um
dos aspectos em comum dos traços antagônicos
(Gouveia et al., 2016), espera-se encontrar asso-
ciações negativas entre narcisismo e amabilidade
(Hipótese 4). Por m, posto que os fatores LA e GE
do narcisismo reetem um perl mais adaptativo,
enquanto o fator SDE indica tendências mais des-
ajustadas e disfuncionais (Blinkhorn et al., 2016),
esperamos encontrar relações positivas dos dois
primeiros com extroversão (Hipóteses 5 e 6) e do
último com o neuroticismo (Hipótese 7).
40 pares de armações em que o participante é
solicitado a escolher entre duas alternativas, sendo
uma opção que reete o narcisismo (e.g., Usual-
mente tento me exibir quando tenho a oportuni-
dade) e a outra não (e.g., Eu tento não ser exibido).
Algumas críticas são feitas ao NPI-40, a exem-
plo de sua estrutura fatorial instável (Kubarych et al.,
2004; Svindseth et al., 2009), o seu tamanho longo
(Jonason & Webster, 2010), e o formato de escolha
forçada, de modo que alguns pares de armações
não representam o mesmo construto (Ackerman et
al., 2016). Levando em consideração algumas dessas
críticas, vericaram-se uma série de estudos na última
década, renando cada vez mais o NPI. Por exemplo,
Ackerman et al. (2011), considerando uma amostra
de aproximadamente 20.000 participantes, compa-
raram diversas soluções fatoriais para o instrumento
(e.g., dois, quatro, sete fatores), vericando um melhor
ajuste para uma estrutura de três fatores: Liderança/
Autoridade (LA), Grandiosidade/Exibicionismo (GE) e
Senso de Direitos/Exploração (SDE).
Gentile et al. (2013) propuseram uma versão abre-
viada do NPI que cobre os três fatores listados an-
teriormente, formado por treze itens (NPI-13), man-
tendo a escolha forçada como método de resposta.
Evidências empíricas (Gentile et al., 2013; Pechorro
et al., 2019) indicam que o NPI-13 apresenta indica-
dores de ajuste mais favoráveis quando comparado
aos NPI-40 e NPI-16, esta última sendo a primeira
proposta de redução da escala (Ames et al., 2006). A
versão de 13 itens proposta por Gentile et al. (2013)
se popularizou por sua brevidade, por cobrir a multi-
dimensionalidade do narcisismo e por ter evidências
psicométricas superiores comparado a outras versões
do NPI. A propósito, esta foi adaptada para diferentes
países, como Alemanha (Brailovskaia et al., 2019), Ja-
pão, Polônia, Reino Unido (Żemojtel-Piotrowska et al.,
2019) e Turquia (Doğan & Çolak, 2020).
Contudo, persistem as limitações do método da
escolha forçada (pares que não reetem o mesmo
construto). Concretamente, dos pares de armações
do NPI-13, oito apresentam correlações de baixa
magnitude, indicando que tais pares não reetem o
Actualidades en Psicología, 39(138), 2025.
50
INTRO MÉTODO RESULTADOS DISCUSSÃO REFERÊNCIAS
Estudo psicométrico do NPI-13
Método
Participantes e procedimento
Participaram 520 pessoas, com idades varian-
do entre 18 e 77 anos (M = 26.35; DP = 10.87),
em maioria do sexo feminino (59.4%), pessoas de
classe social média (45.8%), com ensino superior
incompleto (62.1%) e que se autodeclararam sol-
teiras (77.5%). Cabe destacar que 314 participantes
responderam, além do NPI-13, medidas para ope-
racionalizar os valores humanos, os cinco grandes
fatores, a psicopatia e o maquiavelismo, questio-
nários descritos abaixo.
Os dados foram coletados por meio de um
questionário online, sendo o link da pesquisa di-
vulgado nas redes sociais (e.g., Facebook, Insta-
gram, WhatsApp). Utilizou-se o procedimento bola
de neve, em que os pesquisadores divulgaram a
pesquisa entre seus contatos, solicitando que es-
tes respondessem e divulgassem o link da pesqui-
sa fazendo a mesma solicitação nas redes sociais.
Antes de preencher os questionários, solicitava-se
do participante a leitura e concordância com o Ter-
mo de Consentimento Livre e Esclarecido, em que
constavam informações sobre os objetivos da pes-
quisa, além de assegurar a confidencialidade das
respostas e o caráter voluntário da participação.
Destaca-se que o presente estudo conta com pa-
recer favorável do comitê de ética em pesquisa (In-
formação Suprimida, CAAE31360920.1.0000.5181).
Portanto, seguiram-se as normas brasileiras que
orientam as pesquisas com seres humanos.
Materiais
Narcissictic Personality Inventory-13 (NPI-13)
Medida proposta por Gentile et al. (2013) com-
posta por 13 itens, distribuídos em três dimensões:
Liderança/Autoridade (quatro itens), Grandiosida-
de/Exibicionismo (cinco itens) e Senso de direitos/
Exploração (quatro itens). Participantes são instruí-
dos a indicar o seu nível de concordância a itens
como Eu sou um líder nato (Liderança/Autorida-
de), Eu sei que sou bom por que todo mundo ca
me dizendo isso (Grandiosidade/Exibicionismo) e
Acho fácil manipular as pessoas (Senso de direitos/
Exploração), utilizando uma escala de cinco pontos
(1 – Discordo Fortemente; 5 – Concordo Fortemente).
Cabe ressaltar que tais itens foram retirados da ver-
são traduzida do NPI-40 utilizada por Monteiro et
al. (2020). No caso, selecionaram-se apenas os itens
que descrevem respostas narcisistas.
Two Dimensional MACH-IV (TDM-IV)
Escala proposta por Monaghan et al. (2016) e
adaptada para o Brasil por Monteiro et al. (2022),
sendo composta por 10 itens, respondidos em es-
cala de cinco pontos (1 – Discordo Fortemente; 5 –
Concordo Fortemente), a exemplo de É mais seguro
assumir que todas as pessoas têm um traço cruel e
que este irá aparecer quando tiverem uma oportuni-
dade e Acima de tudo é melhor ser humilde e hones-
to do que ser importante e desonesto. No presente
estudo, observou-se um coeciente alfa de .60.
Levenson Self-Report Psychopathy (LSRP)
Medida proposta por Levenson et al. (1995) e
adaptada para o Brasil por Hauck-Filho e Teixeira
(2014), sendo formada por 26 itens. Os participan-
tes devem indicar o seu nível de concordância (1
Discordo Totalmente; 4 – Concordo Totalmente) a
itens como Eu não me importo com os fracassados e
No mundo de hoje, sinto que é certo fazer qualquer
coisa para me dar bem. No presente estudo, obser-
vou-se um coeciente alfa de .80.
Big Five Inventory-20 (BFI-20)
Medida proposta por Gouveia et al. (2021), com-
posta por 20 itens, distribuídos em cinco fatores com
quatro itens cada. Os participantes devem indicar o
seu grau de concordância (1 – Discordo Totalmente;
5 – Concordo Totalmente) a itens como Tem uma
imaginação fértil (Abertura), É minucioso, detalhista
no trabalho (Conscienciosidade), É sociável, extrover-
tido (Extroversão), É amável, tem consideração pelos
outros (Amabilidade) e Fica tenso com frequência
(Neuroticismo). No presente estudo, observaram-se
os seguintes coecientes alfa: extroversão = .78),
Estudo psicométrico do NPI-13
Actualidades en Psicología, 39(138), 2025.
51
INTRO MÉTODO RESULTADOS DISCUSSÃO REFERÊNCIAS
conscienciosidade (α = 0,74), amabilidade (α = .75),
abertura (α = .74), neuroticismo (α = .74).
Questionário dos Valores Básicos (QVB)
Proposto por Gouveia (2003), é composto por
18 itens/valores especícos, que se distribuem
em seis fatores/subfunções. Os participantes são
orientados a indicar o grau de importância (1 – To-
talmente Não Importante; 7 – Totalmente Impor-
tante) de cada valor como um princípio guia na
sua vida, a exemplo de Êxito. Obter o que se pro-
põe, ser eciente em tudo o que faz (Realização)
e Emoção. Desfrutar desaando o perigo, buscar
aventuras (Experimentação). No presente estudo,
observaram-se os seguintes coecientes alfa: inte-
rativa = .51), normativa = .74), suprapessoal
(α = .56), existência (α = .53), realização (α = .59),
e experimentação (α = .56).
Análise de dados
Os dados foram analisados por meio dos pro-
gramas SPSS (versão 25) e R (R Core Team, 2021).
Com o primeiro foram calculadas estatísticas des-
critivas, objetivando descrever o perl da amostra,
além de correlações de Spearman para vericar a
validade baseada nas correlações com variáveis
externas. Com o segundo, por meio dos pacotes
Psych (Revelle, 2014) e Lavaan (Rosseel, 2012) foram
calculados, respectivamente, o ômega de McDo-
nald e a Análise Fatorial Conrmatória (estimador
DWLS; Diagonally Weight Least Squares). Para a
AFC tiveram-se em conta os seguintes indicadores
de ajuste do modelo aos dados (entre parênteses
valores para um modelo aceitável; Hair et al., 2022):
Razão Qui-quadrado por graus de liberdade 2/gl
entre 1 e 3), Comparative Fit Index (CFI > 0,90), Tuc-
ker-Lewis Index (TLI > .90), Standardized Root Mean
Square Residuals (SRMR < .08) e Root Mean-Square
Error of Approximation (RMSEA < .08).
Resultados
Inicialmente, realizou-se uma Análise Fatorial
Conrmatória (DWLS) testando o modelo de três
fatores oblíquos, que apresentou um ajuste próxi-
mo ao aceitável (CFI = .91; TLI = .89; RMSEA =
.085; SRMR = .082). Inspecionando os índices de
modicação (IM), foram correlacionados os pares
de erros (IM = 80.78) dos itens 7 (Eu gosto de olhar
para o meu corpo) e 9 (Eu gosto de me olhar no
espelho), indicando que tais itens são redundan-
tes, mensurando basicamente o mesmo compor-
tamento. Após tais modicações, o modelo de três
fatores (Figura 1) apresentou um ajuste aceitável
(CFI = .94; TLI = .93; RMSEA = .069; SRMR = .070).
O fator Liderança/Autoridade teve itens com car-
gas fatoriais variando entre .65 (Item 4. Eu sou um
líder nato) a .78 (Item 2. Eu tenho uma forte von-
tade de poder), com valor do ômega de McDonald
de .85. O fator Grandiosidade/Exibicionismo teve
itens com cargas fatoriais entre .52 (Item 7. Eu gos-
to de olhar para o meu corpo) a .70 (Item 6. Eu gos-
to de mostrar o meu corpo), tendo ômega de Mc-
Donald de .84. Por m, o fator Senso de direitos/
Exploração teve itens com cargas fatoriais entre
.23 (Item 12. Eu espero muito das outras pessoas) a
.49 (Item 10. Acho fácil manipular as pessoas), com
valor do ômega de McDonald de .52. Tendo em
conta todos os itens conjuntamente, vericou-se
um coeciente ômega de .85.
Posteriormente, vericou-se o padrão de co-
rrelações entre os três fatores do NPI-13 com os
outros dois membros da Tríade Sombria, com os
Cinco Grandes Fatores de Personalidade e com os
valores humanos (Tabela 1). Observou-se que o
escore total do NPI-13 e seus fatores especícos
se correlacionaram de forma mais consistente com
valores de realização, com os traços de maquiave-
lismo e psicopatia. Em relação às associações com
os CGF, verica-se um padrão distinto, com os fa-
tores LA e GE relacionando-se de forma positiva e
mais consistente com a extroversão, enquanto o
fator SDE o fez com o neuroticismo.
Estudo psicométrico do NPI-13
Actualidades en Psicología, 39(138), 2025.
52
INTRO MÉTODO RESULTADOS DISCUSSÃO REFERÊNCIAS
LA GE SDE
.69
.62.53
.69 .78 .66 .65 .53 .70 .52 .68 .46 .49 .47 .23 .48
.53 .39 .57 .57 .72 .51 .73 .54
.62
.78 .76 .78 .95 .77
np1 np2 np3 np4 np5 np6 np7 np8 np9 n10 n11 n12 n13
Figura 1. Estrutura Fatorial do NPI-13
NPI-13 LA GE SDE
Valores Humanos
Experimentação .20** .12* .21** .10*
Realização .36** .32** .29** .24**
Suprapessoal .12* .12* .12* .04
Existência .11* .01 .10* .14**
Interativa .01 .01 .03 -.01
Normativa -.05 -.09 .02 -.04
Traços de personalidade
Maquiavelismo .24** .23** .11* .23**
Psicopatia .27** .17** .13* .38**
Extroversão .32** .24** .37** .08
Conscienciosidade .21** .19** .14** .13*
Amabilidade -.02 -.05 .07 -.09
Abertura .25** .16** .22** .17**
Neuroticismo .13* .08 -.02 .30**
Nota. * p < .05; ** p < .01 (teste unicaudal)
Tabela 1. Relações entre narcisismo, díade sombria, big ve e valores
Estudo psicométrico do NPI-13
Actualidades en Psicología, 39(138), 2025.
53
INTRO MÉTODO RESULTADOS DISCUSSÃO REFERÊNCIAS
2007). Entretanto, observam-se valores abaixo do
recomendado para o fator SDE. Esse fator também
tem apresentado consistência interna abaixo do re-
comendado em outros estudos (Gentile et al., 2013;
Weiser, 2015; Zell & Moller, 2017). Essa subescala
apresenta apenas quatro itens, que são heterogê-
neos, cobrindo diferentes aspectos. O acima pode
comprometer o valor do alfa, mas que não afetaria
a precisão teste-reteste, considerando a estabilida-
de da personalidade narcisista (McCrae et al., 2011).
Ademais, tais autores indicam que baixo coecien-
te alfa não afeta a validade das escalas. Em estudo
realizado por Brailovskaia et al. (2019) foi verica-
do que as três subescalas do NPI-13 apresentaram
valores baixos do coeciente alfa em três amostras
independentes, mas valores excelentes de teste-re-
teste (> .80). Resultados similares foram reportados
por Del Rosario e White (2005) que consideraram a
estrutura de sete fatores para o NPI-40, observan-
do baixos coecientes alfa, porém, adequada esta-
bilidade temporal dos fatores.
Em relação à validade baseada na relação com
variáveis externas, seis das sete hipóteses foram con-
rmadas. Considerando os valores humanos, obser-
va-se que o escore total do NPI-13 e seus fatores es-
pecícos apresentaram um padrão mais consistente
de relações com os valores de realização, conrman-
do a Hipótese 1. De fato, narcisistas se veem como
líderes, buscando status e admiração dos demais,
considerando como princípios-guia de suas vidas
a busca por poder, prestígio, êxito e status (Coelho
et al., 2021; Jonason et al., 2018). As relações com
psicopatia e maquiavelismo são congruentes com a
literatura que aponta que os três, por apresentarem
diversas características em comum (e.g., baixos esco-
res em amabilidade, empatia e honestidade/humil-
dade), formariam a tríade sombria da personalidade
(Paulhus & Williams, 2002), sendo que tais comuna-
lidades explicariam as correlações positivas entre os
traços, conrmando as Hipóteses 2 e 3.
Finalmente, no que tange às relações com
os cinco grandes fatores, percebe-se um perl
adaptativo e mal-adaptativo no narcisismo sub-
Discussão
O narcisismo é um dos construtos mais estuda-
dos ao longo da história, predizendo os mais va-
riados problemas (Cavalcanti et al., 2022; Kjærvik
& Bushman, 2021). Não obstante, há escassez de
pesquisas sobre o tema no Brasil, podendo ser em
razão da ausência de estudos psicométricos que
testem medidas para operacionalizar esta variá-
vel. O presente estudo explorou os parâmetros
psicométricos do NPI-13 para o Brasil, medida
reduzida que capta a multidimensionalidade do
construto e que é oriunda da medida mais usada
ao redor do mundo (Monteiro et al., 2020) para a
mensuração deste traço (NPI-40).
Concretamente, vericamos que a estrutura de
três fatores do NPI-13 apresenta indicadores de
ajuste aceitáveis (Hair et al., 2022). De fato, duran-
te muitos anos a estrutura do NPI-40 era confusa e
pouco estável, com estudos reportando sete (Ras-
kin & Terry, 1988), quatro (Emmons, 1984) e dois
fatores (Barelds & Dijkstra, 2010). Tal confusão em
relação à estrutura acabou levando os pesquisa-
dores a considerar a medida como unidimensional
(Monteiro et al., 2020), apesar da multidimensio-
nalidade do narcisismo. Contudo, comparando
diversas estruturas, chegou-se a evidências mais
favoráveis em torno de três dimensões (Ackerman
et al., 2011). Tal estrutura tem sido replicada em di-
versos estudos e em contextos variados (Brailovs-
kaia et al., 2019; Pechorro et al., 2019), recebendo
suporte com os dados do presente estudo e indi-
cando que o NPI-13, apesar da brevidade, capta as
diferentes dimensões que constituem o construto
(Gentile et al., 2013). Logo, o narcisismo pode ser
entendido como a tendência para o exibicionismo,
acompanhado por um senso de grandiosidade e
uma vontade de ter autoridade sobre as outras
pessoas, explorando-as e tendo um senso de me-
recimento, sentindo-se no direito de ter tratamen-
to especial (Ackerman et al., 2011).
Em relação à consistência interna, os valores
encontrados para os fatores LA e GE foram dentro
dos padrões recomendados pela literatura (Urbina,
Estudo psicométrico do NPI-13
Actualidades en Psicología, 39(138), 2025.
54
INTRO MÉTODO RESULTADOS DISCUSSÃO REFERÊNCIAS
co, sobretudo em contextos em que se demanda
uma rápida avaliação, sem perder a multidimen-
sionalidade do construto. Logo, espera-se que o
presente estudo enseje futuras pesquisas sobre a
quanticação do narcisismo no Brasil, passo ne-
cessário para o desenvolvimento do estudo cientí-
co deste tema no país.
Referências
Ackerman, R. A., Donnellan, M. B., Roberts, B. W., &
Fraley, R. C. (2016). The eect of response format
on the psychometric properties of the Narcissis-
tic Personality Inventory: Consequences for item
meaning and factor structure. Assessment, 23(2),
203-220. https://doi.org/10.1177/1073191114568113
Ackerman, R. A., Witt, E. A., Donnellan, M. B., Trzes-
niewski, K. H., Robins, R. W., & Kashy, D. A. (2011).
What does the narcissistic personality inventory
really measure? Assessment, 18(1), 67-87. https://
doi.org/10.1177/1073191110382845
American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic
and Statistical Manual of Mental Disorders (5ª ed.).
American Psychiatric Association.
Ames, D. R., Rose, P., & Anderson, C. P. (2006). The NPI-
16 as a short measure of narcissism. Journal of Re-
search in Personality, 40(4), 440-450. https://doi.
org/10.1016/j.jrp.2005.03.002
Back, M. D., Küfner, A. C., Dufner, M., Gerlach, T. M., Rau-
thmann, J. F., & Denissen, J. J. (2013). Narcissistic
admiration and rivalry: Disentangling the bright
and dark sides of narcissism. Journal of personality
and social psychology, 105(6), 1013-1037. https://
doi.org/10.1037/a0034431
Barelds, D. P. H. & Dijkstra, P. (2010). Narcissistic Personality
Inventory: Structure of the adapted Dutch version.
Scandinavian Journal of Psychology, 51, 132–138. ht-
tps://doi.org/10.1111/j.1467-9450.2009.00737.x
Blinkhorn, V., Lyons, M., & Almond, L. (2016). Drop the bad
attitude! Narcissism predicts acceptance of violent
behaviour. Personality and Individual Dierences, 98,
157-161. https://doi.org/10.1016/j.paid.2016.04.025
clínico (Blinkhorn et al., 2016). Os fatores LA e GE,
que representam a faceta mais adaptativa, com
relações mais consistentes com o traço extro-
versão, indicando que estes descrevem um perl
mais expansivo, loquaz, extrovertido e comuni-
cativo. Por outro lado, apenas SDE se relacionou
com o neuroticismo, indicando tendências para a
instabilidade emocional, sendo entendido como
fator que cobre a variante mais desadaptativa do
narcisismo (Blinkhorn et al., 2016).
Limitações, estudos futuros e conclusão
Apesar dos resultados promissores e em lin-
ha com a literatura da área, o presente estudo
apresenta limitações. Por exemplo, cabe destacar
a natureza não probabilística da amostra, sen-
do homogênea, formada maioritariamente por
estudantes universitários, inviabilizando a gene-
ralização dos resultados. Outro ponto se refere
a avaliação destes traços utilizando unicamente
o autorrelato, sendo traços sujeitos a desejabi-
lidade social. Em estudos futuros será impor-
tante contar com amostras mais heterogêneas
e amostras com diagnóstico de TPN, além de
tentar controlar a desejabilidade social, seja utili-
zando medidas neutralizadas, que usem métodos
de controle deste viés ou utilizando escalas de
desejabilidade social. Finalmente, sugere-se tes-
tar os parâmetros de outras medidas de narci-
sismo, como o Narcissism Admiration and Rivarly
Questionnaire (Back et al., 2013) e o Five Factor
Narcissism Inventory (Glover et al., 2012), fazen-
do comparações diretas com o NPI-13, além de
testar a precisão desta medida via teste-reteste,
procedimento recomendado na avaliação de me-
didas de personalidade (McCrae et al., 2011).
Em conclusão, o presente estudo é o primei-
ro que explora psicometricamente uma medida
especíca de narcisismo para o Brasil. O NPI-13,
medida curta e popular para a mensuração do
narcisismo, apresentou parâmetros psicométricos
aceitáveis, sendo uma alternativa para os pesqui-
sadores operacionalizarem o narcisismo subclíni-
Estudo psicométrico do NPI-13
Actualidades en Psicología, 39(138), 2025.
55
INTRO MÉTODO RESULTADOS DISCUSSÃO REFERÊNCIAS
of Personality Assessment, 48(3), 291-300. https://
doi.org/10.1207/s15327752jpa4803_11
Gentile, B., Miller, J. D., Homan, B. J., Reidy, D. E., Zeich-
ner, A., & Campbell, W. K. (2013). A test of two brief
measures of grandiose narcissism: The Narcissistic
Personality Inventory–13 and the Narcissistic Per-
sonality Inventory-16. Psychological Assessment,
25(4), 1120-1136. https://doi.org/10.1037/a0033192
Glover, N., Miller, J. D., Lynam, D. R., Crego, C., & Widi-
ger, T. A. (2012). The ve-factor narcissism inven-
tory: A ve-factor measure of narcissistic persona-
lity traits. Journal of Personality Assessment, 94(5),
500-512. https://doi.org/10.1080/00223891.2012.6
70680
Gouveia, V. V. (2003). A natureza motivacional dos
valores humanos: evidências acerca de uma
nova tipologia. Estudos de Psicologia (Natal),
8(3), 431-443. https://doi.org/10.1590/S1413-
294X2003000300010
Gouveia, V. V., Araújo, R. D. C. R., de Oliveira, I. C. V.,
Gonçalves, M. P., Milfont, T., de Holanda Coelho,
G. L., Santos, W., de Madeiros, E. D., Silva, A. K.,
Pereora, R., Moura, J., Medeiros, T., da Silvaa, B., &
Gouveia, R. (2021). A short version of the big ve
inventory (BFI-20): Evidence on construct validity.
Revista Interamericana de Psicología/Interameri-
can Journal of Psychology, 55(1), e1312-e1312. ht-
tps://doi.org/10.30849/ripijp.v55i1.1312
Gouveia, V. V., Milfont, T. L., & Guerra, V. M. (2014).
Functional theory of human values: Testing its
content and structure hypotheses. Personality and
Individual Dierences, 60, 41-47. https://doi.or-
g/10.1016/j.paid.2013.12.012
Gouveia, V. V., Monteiro, R. P., Gouveia, R. S. V., Athay-
de, R. A. A., & Cavalcanti, T. M. (2016). Avaliando o
lado sombrio da personalidade: Evidências psico-
métricas do Dark Triad Dirty Dozen. Revista Intera-
mericana de Psicologia, 50, 420-432. https://jour-
nal.sipsych.org/index.php/IJP/article/view/126/pdf
Hair, J. F. Jr., Black, W. C., Babin, B. J., & Anderson, R. E.
(2022). Multivariate Data Analysis (8th ed.). Cen-
gage Learning.
Boldero, J. M., Bell, R. C., & Davies, R. C. (2015). The struc-
ture of the narcissistic personality inventory with
binary and rating scale items. Journal of Personality
Assessment, 97(6), 626-637. https://doi.org/10.1080
/00223891.2015.1039015
Book, A., Visser, B. A., & Volk, A. A. (2015). Unpacking
evil”: Claiming the core of the Dark Triad. Persona-
lity and Individual Dierences, 73, 29-38. https://doi.
org/10.1016/j.paid.2014.09.016
Brailovskaia, J., Bierho, H. W., & Margraf, J. (2019). How
to identify narcissism with 13 items? Validation of
the German Narcissistic Personality Inventory–13
(G-NPI-13). Assessment, 26(4), 630-644. https://doi.
org/10.1177/1073191117740625
Buelow, M. T., & Brunell, A. B. (2014). Facets of grandiose
narcissism predict involvement in health-risk beha-
viors. Personality and Individual Dierences, 69, 193-
198. https://doi.org/10.1016/j.paid.2014.05.031
Cavalcanti, J. G., dos Santos, J. O. A., Pimentel, C. E., do
Nascimento, A. M., Trindade, M. A., & Pinto, A. V.
L. (2022). Narcisismo, pró-sociabilidade e agressão:
o papel mediador da empatia. Avances en Psico-
logía Latinoamericana, 40(2), 1-13. https://doi.
org/10.12804/revistas.urosario.edu.co/apl/a.9079
Coelho, G. L. H., Hanel, P. H., Monteiro, R. P., Vilar, R., &
Gouveia, V. V. (2021). The dark side of human values:
How values are related to bright and dark persona-
lity traits. The Spanish Journal of Psychology, 24, e11.
https://doi.org/10.1017/SJP.2020.58
Del Rosario, P. M., & White, R. M. (2005). The Narcissis-
tic Personality Inventory: Test-retest stability and
internal consistency. Personality and Individual Di-
erences, 39(6), 1075-1081. https://doi.org/10.1016/j.
paid.2005.08.001
Doğan, U., & Çolak, T. S. (2020). Narsisistik Kişilik En-
vanteri-13 (NKE-13)’nin Türkçe Geçerlik ve Güve-
nirlik Çalışması. OPUS International Journal of So-
ciety Researches, 15(26), 4166-4184. https://doi.
org/10.26466/opus.635725
Emmons, R. A. (1984). Factor analysis and construct vali-
dity of the Narcissistic Personality Inventory. Journal
Estudo psicométrico do NPI-13
Actualidades en Psicología, 39(138), 2025.
56
INTRO MÉTODO RESULTADOS DISCUSSÃO REFERÊNCIAS
McCrae, R. R., & Costa Jr, P. T. (1997). Personali-
ty trait structure as a human universal. Ameri-
can Psychologist, 52(5), 509-516. https://doi.or-
g/10.1037/0003-066X.52.5.509
McCrae, R. R., Kurtz, J. E., Yamagata, S., & Terracciano,
A. (2011). Internal consistency, retest reliability, and
their implications for personality scale validity. Per-
sonality and Social Psychology Review, 15(1), 28-50.
https://doi.org/10.1177/1088868310366253
Miller, B. K., Nicols, K. M., Clark, S., Daniels, A., & Grant, W.
(2018). Meta-analysis of coecient alpha for scores
on the Narcissistic Personality Inventory. PLoS One,
13(12), e0208331. https://doi.org/10.1371/journal.
pone.0208331
Monaghan, C., Bizumic, B., & Sellbom, M. (2016). The role
of Machiavellian views and tactics in psychopatholo-
gy. Personality and Individual Dierences, 94, 72-81.
https://doi.org/10.1016/j.paid.2016.01.002
Monteiro, R. P. (2017). Tríade sombria da personalidade:
conceitos, mediação e correlatos [Tese de Doutora-
do, Universidade Federal da Paraíba]. Repositório
Institucional da UFPB. https://repositorio.ufpb.br/
jspui/handle/123456789/12165?locale=pt_BR
Monteiro, R. P., Coelho, G. L. H., Hanel, P. H., Pimentel,
C. E., & Gouveia, V. V. (2018). Personality, dangerous
driving, and involvement in accidents: Testing a con-
textual mediated model. Transportation Research
Part F: Trac Psychology and Behaviour, 58, 106-114.
https://doi.org/10.1016/j.trf.2018.06.009
Monteiro, R. P., Coelho, G. L. H., Cavalcanti, T. M., Grangei-
ro, A. S. M., & Gouveia, V. V. (2022). The ends justify
the means? Psychometric parameters of the MACH-
IV, the two-dimensional MACH-IV and the trimmed
MACH in Brazil. Current Psychology, 41, 4088-4097.
https://doi.org/10.1007/s12144-020-00892-0
Monteiro, R. P., Monteiro, T. M. C., Maciel, V. C., Masotti,
F. N. A., Freitas, I. M. S., & Candido, J. (2020). Essa
eu vou postar: explorando as relações entre narci-
sismo, uso do Instagram e a moderação da auto-
estima. Psicología, Conocimiento y Sociedad, 10(2),
55-73. https://doi.org/10.26864/pcs.v10.n2.3
Hauck-Filho, N., & Teixeira, M. A. P. (2014). Revisiting the
psychometric properties of the Levenson self-re-
port psychopathy scale. Journal of Personality As-
sessment, 96(4), 459-464. https://doi.org/10.1080/0
0223891.2013.865196
Jonason, P. K., Foster, J. D., Kavanagh, P. S., Gouveia, V. V.,
& Birkás, B. (2018). Basic values and the dark triad
traits. Journal of Individual Dierences, 39(4). ht-
tps://doi.org/10.1027/1614-0001/a000267
Jonason, P. K., & Webster, G. D. (2010). The Dirty Dozen:
A concise measure of the Dark Triad. Psycho-
logical Assessment, 22(2), 420-432. https://doi.
org/10.1037/a0019265
Jones, D. N., & Figueredo, A. J. (2013). The core of dark-
ness: Uncovering the heart of the Dark Triad. Euro-
pean Journal of Personality, 27(6), 521-531. https://
doi.org/10.1002/per.1893
Jones, D. N., & Paulhus, D. L. (2014). Introducing the
Short Dark Triad (SD3) a brief measure of dark per-
sonality traits. Assessment, 21(1), 28-41. https://doi.
org/10.1177/1073191113514105
Kjærvik, S. L., & Bushman, B. J. (2021). The link between
narcissism and aggression: A meta-analytic review.
Psychological Bulletin, 147(5), 477-503. https://doi
.org/10.1037/bul0000323
Kubarych, T. S., Deary, I. J., & Austin, E. J. (2004). The Nar-
cissistic Personality Inventory: Factor structure in a
non-clinical sample. Personality and Individual Di-
erences, 36(4), 857-872. https://doi.org/10.1016/
S0191-8869(03)00158-2
Levenson, M. R., Kiehl, K. A., & Fitzpatrick, C. M. (1995).
Assessing psychopathic attributes in a nonins-
titutionalized population. Journal of Personality
and Social Psychology, 68(1), 151-158. https://doi.
org/10.1037/0022-3514.68.1.151
Levy, K. N., Ellison, W. D., & Reynoso, J. S. (2011). A his-
torical review of narcissism and narcissistic perso-
nality. Em W. K. Campbell & J. D. Miller (Eds.), The
Handbook of Narcissism and Narcissistic Personality
Disorder (pp. 3-14). Wiley.
Estudo psicométrico do NPI-13
Actualidades en Psicología, 39(138), 2025.
57
INTRO MÉTODO RESULTADOS DISCUSSÃO REFERÊNCIAS
Pailing, A., Boon, J., & Egan, V. (2014). Personality, the
Dark Triad and violence. Personality and Individual
Dierences, 67, 81-86. https://doi.org/10.1016/j.
paid.2013.11.018
Paulhus, D. L. (2014). Toward a taxonomy of dark
personalities. Current Directions in Psycho-
logical Science, 23(6), 421-426. https://doi.
org/10.1177/0963721414547737
Paulhus, D. L., & Williams, K. M. (2002). The Dark Triad
of personality: Narcissism, Machiavellianism, and
psychopathy. Journal of Research in Personality,
36(6), 556-563. https://doi.org/10.1016/S0092-
6566(02)00505-6
Pechorro, P., Nunes, C., Goncalves, R. A., Simoes, M. R.,
& Oliveira, J. P. (2019). Validation study of the Nar-
cissistic Personality Inventory-13 among a school
sample of Portuguese youths. Revista Iberoame-
ricana de Diagnóstico y Evaluación–e Avaliação
Psicológica, 50(1), 71-81. https://doi.org/10.21865/
RIDEP50.1.06
Pincus, A. L., & Lukowitsky, M. R. (2010). Pathological
narcissism and narcissistic personality disorder. An-
nual Review of Clinical Psychology, 6, 421-446. ht-
tps://doi.org/10.1146/annurev.clinpsy.121208.131215
R Core Team (2021). R: A language and environment
for statistical computing. R Foundation for Sta-
tistical Computing, Vienna, Austria. URL https://
www.R-project.org/
Raskin, R. N., & Hall, C. S. (1979). A narcissistic personali-
ty inventory. Psychological Reports, 45(2), 590-590.
https://doi.org/10.2466/pr0.1979.45.2.590
Raskin, R., & Terry, H. (1988). A principal-components
analysis of the Narcissistic Personality Inventory
and further evidence of its construct validity. Jour-
nal of Personality and Social Psychology, 54(5), 890-
902. https://doi.org/10.1037/0022-3514.54.5.890
Revelle, W. (2014). Psych: Procedures for Personality and
Psychological Research. R package version 1.4.3.
CRAN Project. http://cran.rproject.org/web/pac-
kages/psych/psych.pdf
Rosseel, Y. (2012). Lavaan: An R package for structural
equation modeling. Journal of Statistical Software,
48, 1-36. https://doi.org/10.18637/jss.v048.i02
Svindseth, M. F., Sørebø, Ø., Nøttestad, J. A., Roaldset,
J. O., Wallin, J., & Dahl, A. A. (2009). Psychometric
examination and normative data for the Narcissis-
tic Personality Inventory 29 item version. Scandina-
vian Journal of Psychology, 50(2), 151-159. https://
doi.org/10.1111/j.1467-9450.2008.00686.x
Urbina, S. (2007). Fundamentos da testagem psicológica.
Artmed.
Weiser, E. B. (2015). # Me: Narcissism and its facets as
predictors of sele-posting frequency. Personality
and individual dierences, 86, 477-481. https://doi.
org/10.1016/j.paid.2015.07.007
Zell, A. L., & Moeller, L. (2017). Narcissism and “likes”: En-
titlement/exploitativeness predicts both desire for
and dissatisfaction with responses on Facebook.
Personality and Individual Dierences, 110, 70-73.
https://doi.org/10.1016/j.paid.2017.01.029
Żemojtel-Piotrowska, M., Piotrowski, J., Rogoza, R., Ba-
ran, T., Hitokoto, H., & Maltby, J. (2019). Cross-cul-
tural invariance of NPI-13: Entitlement as culturally
specic, leadership and grandiosity as culturally
universal. International Journal of Psychology, 54(4),
439-447. https://doi.org/10.1002/ijop.12487