e-Ciencias de la Información
Volumen 13, número 2: julio-diciembre 2023
DOI: https://doi.org/10.15517/eci.v13i2.53959
Turismo de base comunitária (TBC):
um estudo bibliométrico com uso da web of science
Community-Based
Tourism (TBC): a bibliometric study using the Web of Science
Turismo de base
comunitaria (TBC): un estudio bibliométrico utilizando la Web of Science
Sandro dos
Reis Andrade
Aluno do Mestrado no Centro Federal de Educação
Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, BRASIL. Correo: srsandro983@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4949-9714
José André
Villas Boas Mello.
Centro
Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca. BRASIL. Correo: joseavbm@yahoo.com.br ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0628-9664
Resumo
Este estudo
tem o objetivo de realizar um estudo bibliométrico com o qual poderá
identificar as tendências das temáticas e/ou o estado da arte da investigação
sobre o turismo de base comunitário. Nos últimos anos
tem se intensificado os olhares
acerca do crescimento da atividade
turística, em especial no deslocamento de visitantes
que saem de seu local
habitual para conhecer novos
locais em busca de aventura, lazer,
descanso, pesquisas e cuidados com a saúde. Para este estudo, foi selecionado o tópico (“tourism” and (“community-based tourism” or
“traditional communities”)) na coleção
principal do Web of Science. Foram
encontrados 370 documentos no período de 1995 a 2021. Com
o estudo das palavras
chaves, é possível destacar que questões
relacionadas ao desenvolvimento,
ecoturismo, resiliência, e desigualdades, possam sugerir que a agenda de pesquisas passa a buscar explicações que possam fazer com
que o turismo traga economia através
de visitantes para conteúdos de visitação
mais simples, tal como os de base comunitária.
Palavras-chave:
Turismo – Turismo de base comunitária – Bibliometria
Abstract
This study aims to carry out a bibliometric
study with which you can identify thematic trends and/or the state of the art
of research on community-based tourism. In recent years, attention has
intensified on the growth of tourist activity, especially in the displacement
of visitors who leave their usual place to meet new places in search of
adventure, leisure, rest, research and health care. For this study, the topic
(“tourism” and (“community-based tourism” or “traditional communities”)) was
selected from the main collection of the Web of Science. 370 documents were
found in the period from 1995 to 2021. Studying the keywords, it is possible to
highlight that issues related to development, ecotourism, resilience, and
inequalities, may suggest that the research agenda starts to seek explanations
that can make tourism bring savings through visitors to simpler visitation
content, such as community-based content.
Keywords: Tourism – Community-based tourism – Bibliometrics
Resumen
Este
estudio tiene como objetivo realizar un estudio bibliométrico con el que se
puedan identificar tendencias temáticas y/o el estado del arte de la
investigación sobre turismo de base comunitaria. En los últimos años se ha
intensificado la atención sobre el crecimiento de la actividad turística,
especialmente en el desplazamiento de visitantes que abandonan su lugar
habitual para conocer nuevos lugares en busca de aventura, ocio, descanso,
investigación y cuidado de la salud. Para este estudio, el tema ("turismo"
y ("turismo comunitario" o "comunidades tradicionales"))
fue seleccionado de la colección principal de Web of Science. Se encontraron 370 documentos en el período de
1995 a 2021. Con el estudio de palabras clave, es posible resaltar que temas
relacionados con el desarrollo, el ecoturismo, la resiliencia y las
desigualdades, pueden sugerir que la agenda de investigación comienza a buscar
explicaciones que pueden hacer que el turismo traiga ahorros a través de
visitantes a contenido de visita más simple, como contenido basado en la
comunidad.
Palabras clave: Turismo – Turismo de base comunitaria – Bibliometría
Data de entrada: 30 jan,
2023
Data de correção:
20 mar, 2023
Data de aceitação:
20 abr, 2023
1. Introdução
Nos últimos anos tem se intensificado os
olhares acerca do crescimento
da atividade turística, em especial no deslocamento de visitantes que saem
de seu local habitual para conhecer
novos locais em busca de
aventura, lazer, descanso, pesquisas e cuidados com a saúde (Polat
& Öztürk, 2021; Carvache-Franco
et al., 2022; Robina-Ramírez et al., 2022; Moura et
al., 2022; Munasinghe et al., 2022). O turismo se
destaca no cenário econômico
como uma importante fonte
de divisas nos locais onde se desenvolve
(Braga et al., 2022), criando benefícios diretos para a comunidade, como a
inserção no mercado de trabalho,
o empreendedorismo, vínculos sociais
e culturais para os atores envolvidos.
Diversos autores abordam a importância do Turismo não somente pelo viés econômico, mas também pela contribuição sóciocultural, onde
visitante e visitado partilham
de experiências e conhecimentos.
O envolvimento dos visitantes em experiências
que o levem a vivenciar o modo de vida e os elementos
culturais das comunidades, além
da hospitalidade e alimentação,
contribuindo para o desenvolvimento
do turismo nestas comunidades (Porto, 2019). Essas atividades,
que valorizam o modo de vida com
a comunidade anfitriã e a vivência da cultura local, ganha
destaque no cenário turístico como uma forma associativa de controle
e gestão da atividade pelos
próprios atores locais, que
tem como pré-requisito a sustentabilidade.
Conforme
apontamento de Maldonado-Erazo et al. (2020), o
Turismo de Base Comunitária (TBC) vem
sendo pesquisado por diferentes autores. O TBC aparece em estudos
das experiências na América
Latina, em países como Costa Rica, Equador, Colômbia, Chile e Brasil. Essas produções produzem um campo de estudo que diz respeito a formas alternativas de turismo na gestão da participação
intensa da comunidade (Maldonado-Erazo et al.,
2020).
Há de se
destacar que existe certa carência
de estudos bibliométricos e análise
de dados nas produções em
turismo de base comunitária
(Graciano & Holanda, 2020), bem como em outras aplicações. Miranda Júnior
et al. (2018), Ribeiro-Martins & Silveira-Martins (2018) e Martins et al.
(2016) são exemplos de estudos bibliométricos aplicados ao
campo do turismo, focando clusters
de turismo e turismo gastronómico. Diferentemente de tais
estudos, esse artigo tem o objetivo de realizar um estudo bibliométrico com o qual poderá
identificar as tendências das temáticas e/ou o estado da arte da investigação
sobre o turismo de base comunitario, uma área de trabalho em evolução por gerar benefícios econômicos, promover o desenvolvimento
social de moradores e conservar o meio ambiente.
Este estudo se propoe
como relevante pois visa a contribuir para a área
temática, evidenciando sua evolução,
e apontando resultados. Segundo Kirilenko
& Stepchenkova (2018) e Kohler & Digiampietri (2022), os estudos
bibliométricos são conduzidos,
via de regra, sob três perspectivas, a saber:
a) um autor determinado; b) um
periódico específico; e c) uma ciência,
disciplina ou campo de conhecimento.
Este último caso, perspectiva de inspiração e
justificativa desse artigo, visa compreender
a evolução e o estado da ciência
em determinado campo, suas características, servindo de base para possíveis estudos futuros. Além desta introdução,
o trabalho apresenta a metodología, os principais resultados bibliométricos da pesquisa. Ao
final, apresenta-se a conclusão e algumas considerações sobre o tema abordado.
2.
Metodologia
2.1
Abordagem
Este
estudo adota uma abordagem quantitativa
de profundidade exploratoria se utilizando da
bibliometría para melhor comprender a evolução das pesquisas nesse eixo científico. A bibliometria
permite avaliar a produção científica registrada em um repositório de dados (Duarte
et al., 2021; Macedo et al., 2022), também permite
situar a posição de um país
em relação aos demais, avaliar autores, artigos
científicos, e citações. Segundo Koseoglu
et al. (2016), estudos bibliométricos são capazes de verificar a produção científica em determinada área da ciência, por meio de análises diversas (autores, instituições
e países), palavras-chave, da metodologia,
referências bibliográficas e das citações
recebidas.
2.2
População do estudo:
Em
um estudo bibliométrico a população da pesquisa é adotada com base nos metadados selecionados no indexador escolhido
para o estudo. As revistas científicas em indexadores
fornecem metadados estruturados que permitem
identificar o que está sendo pesquisado, por quem e onde, sendo fundamental
para tomada de decisões pelas instituições.
O
periódico, via de regra, é
o principal eixo de acesso
de pesquisadores a aplicações,
teorias, conceitos e metodologias por meio de artigos avaliados (Miranda et al., 2018). O indexador escolhido foi o Web of Science (WoS),
que é uma plataforma mantida
pela Clarivate Analytics
(anteriormente Thompson Reuters) e tem sido utilizada
para estudos bibliométricos nas
mais diferentes áreas do conhecimento.
As informações do periódico permitem
ao pesquisador utilizar os
dados na representação das atuais tendências de pesquisa e na identificação de temas para
novas pesquisas (Butt et al., 2021). WoS tem sido uma
das fontes amplamente
utilizadas para análise bibliométrica em vários outros campos científicos
(Merigó & Yang, 2017; Shukla
ET Al., 2020; Yu & He, 2020; Yu
et al., 2017).
2.3
Técnicas de coleta:
Para
este estudo, foi selecionado o tópico (“tourism”
and (“community-based tourism”
or “traditional communities”)) na coleção principal do Web of Science. Foram encontrados 555 documentos
no período de 1995 a 2021; deste total de documentos foi feito um
filtro a fim selecionar os artigos produzidos. A pesquisa foi realizada no dia 22/09/2022,
e o acesso aos dados foi feito pelo diretório R através do arquivo “savedrecs. bib, exportando os arquivos pelo bibtex. Chegou-se ao total de 370 produções. Destas, foram feitas
as análises para completar o estudo.
2.4
Processamento da análise:
Todas
os metadados foram incluídos. Os dados foram
extraídos do WoS, observadas as análises
bibliométricas em nível de fonte,
nível de autor e em nível
de documento foram realizadas usando o pacote R “Bibliometrix” (Aria
& Cuccurullo, 2017) que se considera ter uma técnica relativamente abrangente
e extensa em comparação com
outras ferramentas de análise bibliométrica (Moral-Muñoz et al., 2020). Dentre as análises se processou:
- Estudo quantitativo da evolução dos artigos publicados
- Autores mais
relevantes
- Artigos mais citados
- Palavras
chaves mais utilizadas
- Principais instituições com vínculo
- Países de maior
colaboração
3. Resultados
A tabela 1
identifica informações globais,
tais como: o número total de autores foi 848; foram 67 autores de autoria única; a média de coautoria internacional foi de
34.68%, enquanto a média de
coautor por documento foi de 2,66. Foram 1184 palavras-chave. 16355 referências; a idade média de documentos foi de 2.78.
Tabela 1: Principais informações
|
Informação Principal |
Resultado |
|
intervalo de tempo |
1995:2021 |
|
Fontes (jornais, livros, etc.) |
156 |
|
Média de anos a partir da publicação |
4.74 |
|
Citações médias por documentos |
21.12 |
|
Citações médias por ano por documento |
2.785 |
|
Referências |
16355 |
|
Artigos |
370 |
|
Palavras-chave do autor (DE) |
1184 |
|
Autores |
848 |
|
Aparições do autor |
985 |
|
Autores de documentos de autoria
única |
67 |
|
Autores de documentos de autoria
múltipla |
781 |
|
Documentos de autoria
única |
74 |
|
Documentos por autor |
0.436 |
|
Autores por Documento |
2.29 |
|
Coautores de Documentos |
2.66 |
|
Índice de Colaboração |
2.64 |
Fonte: Bibliometrix
No período de tempo de 1995 a
2021 foram utilizadas 156 fontes;
o total de número de artigos foi
de 370. Sobre os autores e suas produções
científicas, Tabela 2, observa-se
que “Getz DE” e “Jamal TB” produziram
um artigo seminal que tem
sido inspiração a muitos
autores. O artigo deles teve 758 citações. Também é possível destacar na sequência “Okazaki E” com 308 citações, “Lee TH” com 300 citações, “Ruiz-Ballesteros
E” com 290 citações. Mas há de se observar e destacar “Jan
FH” com 3 artigos que foi citado 240 vezes desde que começou a publicar artigos sobre
a temática em 2015.
Tabela 2: Autores mais
citados
|
Autor |
Citações Totais |
Artigos |
Ano de 1a publicação |
|
Getz D |
758 |
1 |
1995 |
|
Jamal TB |
758 |
1 |
1995 |
|
Okazaki E |
308 |
1 |
2008 |
|
Lee TH |
300 |
4 |
2009 |
|
Ruiz-Ballesteros E |
290 |
7 |
2010 |
|
Jan FH |
240 |
3 |
2015 |
|
Reed MG |
232 |
1 |
1997 |
|
Hall CM |
198 |
1 |
2011 |
|
Lindo M |
198 |
1 |
2011 |
|
Zapata MJ |
198 |
1 |
2011 |
Fonte: Bibliometrix
Na Figura 1 temos as produções e/ou publicações de artigos ao longo do tempo. Podemos
notar que os autores que mais produziram
no período citado (2009 a 2021) foram “Lee TH”, que publicou ao longo de 10 anos (entre 2009 e 2019), onde teve 2 artigos
publicados no ano de 2019 e um total de citações por ano de 41.75. Já o
autor “Ruiz-Ballesteros E” também teve publicações ao longo de 10 anos (entre 2010 e 2020), onde foi
publicado 1 artigo no decorrer do período, como mostra a figura; o total de citações
no ano de 2020 foi 1. Já o
autor “Giampicolli A teve publicações
ao longo de 2013 e 2021, com
maiores publicações nos
anos de 2020 e 2021, com 6 artigos
em cada ano, com um total
de citações de 3.33 e 6, respetivamente. Já o autor Mtapuri O também apresentou publicações entre 2013 e 2021, onde produziu
4 artigos em 2020, com um total de citações de 2.67 e no
ano de 2021 produziu 5 artigos
com um total de citações de 5.5.
Figura 1: Produção por autor ao longo do
tempo
Fonte: Bibliometrix.
Na Tabela 3 são demontrados
os documentos mais citados globalmente e os
respectivos autores. Os 10 documentos mais citados a nível global no período foram: “Jamal
TB”, 1995 como autor mais citado através
da revista “Ann Touri Res”, pelo artigo “Teoria da colaboração e planejamento do Turismo Comunitário”,
com 758 citações; com 27.07 citações por ano e 1 citação
normalizada; em seguida, o autor “Okazaki E”, 2008 pela revista “J Sustain Tour”, com 308 citações com o artigo “Um modelo turístico baseado na comunidade: a sua concepção e utilização”, com 20.53 citações por ano e 2.77 citações
normalizadas. A seguir o autor “Reed MG”, 1997 pela revista “Ann Touris Res” com 232 documentos
citados, através do artigo “Relações
de poder e planejamento turístico baseado
na comunidade” com um total de 8.92 citações por ano e 1 citação
normalizada.
O quarto autor mais citado foi “Zapata MJ”, 2011
através da revista Curr
Issues Tour aparece como o quinto autor mais citado, com 198 citações pelo artigo “Empreendimentos turísticos de base comunitária,
benefícios e desafios: Khama Rhino Sanctuary
Trust, Distrito Central, Botswana”, com uma média
de citações por ano de 16.50 e 4.14 citações normalizadas. Em seguida “Sebele
LS”, 2010 com 196 citações
pela revista Tourism Manager, com
média de 15 citações por
ano e 2.51 citações normalizadas. O sexto autor mais citado foi “Mitchell RE”,
2001, pela revista Ann Touris Res através
do artigo “Integração comunitária:
Turismo insular no Peru”, com
174 citações, média de 7.90
citações por ano e 1.77 citações
normalizadas. O autor “Harrison D”, 2008 teve um
total de 169 citações pela revista Third World Q, com o artigo “Turismo a favor dos pobres: uma crítica”, com uma média de 11.26 citações por ano e 1.54 citações
normalizadas.
O autor “Salazar NB”, 2012 aparece em seguida
como o oitavo mais citado
globalmente, com 165 citações
através do artigo “Turismo cultural de base comunitária: questões, ameaças e oportunidades”, com média de 15 citações por ano e
3.57 citações normalizadas. O nono autor mais citado foi “Lee TH”, 2019, através da revista Tourism Manage pelo artigo “O turismo baseado
na comunidade pode
contribuir para o desenvolvimento sustentável?
Provas das percepções dos
residentes sobre a sustentabilidade” com 159 citações; média de 39.75 citações por ano e
13.27 citações normalizadas. Por fim,
o autor “Ruiz-Ballesteros E”, 2011 foi o décimo autor
mais citado no período do estudo,
com 151 citações pelo
artigo “Resiliência sócio-ecológica
e turismo de base comunitária: Uma
abordagem de Água Blanca, Equador”, com média
de 12.58 citações por ano e 3.12 citações
normalizadas.
Tabela 3: Documentos mais
citados globalmente
|
Autores |
DOI |
Total de Citações |
Citações por ano |
|
JAMAL TB, 1995, ANN
TOURIS RES |
10.1016/0160-7383(94)00067-3 |
758 |
27.071 |
|
OKAZAKI E, 2008, J
SUSTAIN TOUR |
10.2167/jost782.0 |
308 |
20.533 |
|
REED MG, 1997, ANN
TOURIS RES |
10.1016/S0160-7383(97)00023-6 |
232 |
8.923 |
|
ZAPATA MJ, 2011, CURR
ISSUES TOUR |
10.1080/13683500.2011.559200 |
198 |
16.500 |
|
SEBELE LS, 2010, TOURISM MANAGE |
10.1016/j.tourman.2009.01.005 |
196 |
15.077 |
|
MITCHELL RE, 2001, ANN
TOURIS RES |
10.1016/S0160-7383(00)00013-X |
174 |
7.909 |
|
HARRISON D, 2008,
THIRD WORLD Q |
10.1080/01436590802105983 |
169 |
11.267 |
|
SALAZAR NB, 2012, J
SUSTAIN TOUR |
10.1080/09669582.2011.596279 |
165 |
15.000 |
|
LEE TH, 2019, TOURISM MANAGE |
10.1016/j.tourman.2018.09.003 |
159 |
39.750 |
|
RUIZ-BALLESTEROS E, 2011, TOURISM MANAGE |
10.1016/j.tourman.2010.05.021 |
151 |
12.583 |
Fonte: Bibliometrix.
Na Tabela 4 são demonstradas
as referências mais
citadas. Nesta tabela podem-se acompanhar os 10 principais documentos citados, incluindo
o autor e o número de citações. As referências mais citadas foram: Okazaki E, 2008 com 84 citações pelo artigo “Um modelo
turístico baseado na comunidade: A sua Concepção e Utilização” (revista
J Sustain Tour); Manyara G., 2007, Journal of Sustainable
Tourism com 63 citações pelo artigo “Desenvolvimento
de Empreendimentos Turísticos de Base Comunitária no Quénia: Uma Exploração do seu Potencial como Avenidas de Redução
da Pobreza”; Blackstock K. L., 2005, revista Community Development Journal com 62 citações com o artigo “Medir a responsabilidade: Uma Avaliação dos Indicadores de Turismo Sustentável
de um Parque Nacional Escocês”.
O autor foi
Murphy P.E., 1985 com 56 citações
pela revista Tourim Community
AP, através do artigo “Gestão
estratégica para comunidades turísticas”. “Zapata MJ”, 2011, revista Curr Issues Tour com 55 citações pelo artigo “O turismo comunitário
pode contribuir para o desenvolvimento e a redução da pobreza? Lições da Nicarágua”. O autor “Tosun C”,
2000, como o quinto autor mais citado com 53 citações pela revista Tourism Manager com o artigo
“Limites à participação da comunidade
no processo de desenvolvimento
do turismo nos países em desenvolvimento”.
O sexto autor local mais citado foi “Jamal TB”, 1995
pela revista Ann Tourism Res com
44 citações, pelo artigo “Uma
abordagem integrada ao
"Turismo sustentável baseado
na comunidade”. Enquanto o autor Scheyvens R,
1999 foi o oitavo autor mais citado através da revista Tourism Manage, com 49 citações pelo artigo “O
ecoturismo e o empoderamento das comunidades locais”. O autor Salazar NB, 2012 teve um
total de 39 citações pela revista J Sustais Tour com o artigo
“Turismo cultural de base comunitária: questões, ameaças e
oportunidades”; enquanto o décimo autor mais citado localmente foi
Simpson MC, 2008 pela revista Tourism Management com 38 citações nas bases WOS com o artigo
“Iniciativas de Turismo de Benefício Comunitário—Um oxímoro conceitual?”
Tabela 4: Referências mais citadas
|
Referencias citadas |
Citações |
|
Okazaki e, 2008, j sustain tour, v16, p511, doi
10.2167/jost782.0, 10.1080/09669580802159594 |
84 |
|
Manyara g., 2007, journal of sustainable tourism, v15, p628, doi 10.2167/jost723.0 |
63 |
|
Blackstock k. L., 2005, community development journal, v40, p39, doi 10.1093/cdj/bsi005 |
62 |
|
Murphy p.e., 1985, tourism community ap, doi 10.4324/9780203068533 |
56 |
|
Zapata mj, 2011, curr
issues tour, v14, p725, doi
10.1080/13683500.2011.559200 |
55 |
|
Tosun c, 2000, tourism manage, v21, p613, doi
10.1016/s0261-5177(00)00009-1 |
53 |
|
Jamal tb, 1995, ann tourism res, v22, p186, doi 10.1016/0160-7383(94)00067-3 |
44 |
|
Scheyvens r, 1999, tourism manage, v20, p245, doi
10.1016/s0261-5177(98)00069-7 |
42 |
|
Salazar nb, 2012, j sustain tour, v20, p9, doi 10.1080/09669582.2011.596279 |
39 |
|
Simpson mc, 2008, tourism manage, v29, p1, doi
10.1016/j.tourman.2007.06.005 |
38 |
Fonte: Bibliometrix.
Na Tabela 5 são apresentadas
as 10 afiliações mais produtivas. No gráfico apresentado,
é possível identificar as afiliações
e /ou instituições mais produtivas no período do estudo. A Durban University Technology da África do Sul aparece com
30 artigos publicados. Em seguida a Griffith University, da Austrália, com 25 artigos; seguida de University Botswana e Universidad
Pablo de Olavide da Espanha, ambas com 20 artigos.
Em sequência
se registra a University Johannesburg
e a University Kwazulu
Natal da África do Sul que produziram 19 artigos. Em seguida A North West University,
Univ Alicante, e a Sejong university produziram 17, 15 e 13
artigos, respectivamente. Enquanto
o Instituto Chico Mendes de Conservação
e Biodiversidade produziu
10 artigos. Pode-se notar a expressiva
produção de artigos por
universidades de países em desenvolvimentos dentro desta temática, o que demonstra um grande diferencial de interesse
em países não desenvolvidos.
Tabela 5: Afiliações mais
relevantes
|
Filiação |
Artigos |
|
Durban univ technol |
30 |
|
Griffith univ |
25 |
|
Univ botswana |
20 |
|
Univ pablo de olavide |
20 |
|
Univ johannesburg |
19 |
|
Univ kwazulu natal |
19 |
|
North west univ |
17 |
|
Univ alicante |
15 |
|
Sejong univ |
13 |
|
Inst chico mendes conservacao biodiversidade |
10 |
Fonte: Bibliometrix.
Com relação aos países de correspondência dos autores, tabela
6, se registram 59 países na
base. Espanha se configura como o país de vínculo com maior produção
científica com 36 artigos, sendo 29 com autoria
exclusiva de pesquisadores do mesmo país (SCP), e com 7 delas envolvendo outros países, o que lhe confere índice de colaboração interpaís (MCP) de 0.194. Dentre
os países que mais publicaram
sobre os assuntos, se destacam
Australia e Korea com
índice de colaboração de 0.417 e 0.438. Em seguida vem Brasil e Estados Unidos com
0.323 e 0.321, respectivamente.
Tabela 6: Países de correspondência
dos autores
|
País |
Artigos |
Intra-países (SCP) |
Inter
países (MCP) |
MCP_taxa |
|||
|
Espanha |
36 |
29 |
7 |
0.194 |
|
||
|
Estados Unidos |
31 |
21 |
10 |
0.323 |
|
||
|
Brasil |
28 |
19 |
9 |
0.321 |
|
||
|
África do Sul |
27 |
22 |
5 |
0.185 |
|
||
|
Australia |
24 |
14 |
10 |
0.417 |
|
||
|
China |
24 |
18 |
6 |
0.250 |
|
||
|
Korea |
16 |
9 |
7 |
0.438 |
|
||
|
Indonesia |
15 |
11 |
4 |
0.267 |
|
||
|
Canada |
13 |
10 |
3 |
0.231 |
|
||
|
Malasia |
9 |
7 |
2 |
0.222 |
|
||
Dos 156 periódicos existentes na base são demonstradas
as 10 fontes mais
relevantes do estudo produzido.
Pode-se verificar na Tabela
7 que as revistas “Journal of
Sustainable Tourism” e “Sustainability” foram as que tiveram
maior número de documentos (44 e 37),
respectivamente. Em seguida a revista “Current Issues
in Tourism” apresenta 17
documentos produzidos.
As revistas “Tourism
Management” e “Tourism Planning & Development” produziram
11 documentos cada. As revistas “Asia Pacific Journal of Tourism Research”, “Tourism Geographies”, “Tourism Recreation Research”
totalizaram 10 documentos cada. Enquanto a revista “Annals of Tourism Research” e “Development
Southern Africa” produziram 9 documentos
cada.
Tabela 7: Fontes mais relevantes
|
REVISTAS |
ARTIGOS |
|
Journal of sustainable tourism |
42 |
|
Sustainability |
37 |
|
Current issues in tourism |
17 |
|
Tourism management |
11 |
|
Tourism planning & development |
11 |
|
Asia pacific journal
of tourism research |
10 |
|
Tourism geographies |
10 |
|
Tourism recreation research |
10 |
|
Annals of tourism research |
9 |
|
Development southern africa |
9 |
Fonte: Bibliometrix.
Na figura
2 é desmonstrada a nuvem de
palavras com as 40 palavras de autor mais utilizadas
que tem maior conexão com o tema de estudo. Podem-se visualizar as palavras e/ou sinônimos
que fazem referência ao turismo de base comunitária, incluindo citações utilizadas em artigos produzidos pelos autores.
Além da palavra chave
central usada por 176 dos 370 artigos, se destaca sustentabilidade utilizada 77 vezes
(sustainable tourism, 41; sustainability, 24; sustainable development, 12). Diferentemente dos estudos
de Ribeiro-Martins
& Silveira-Martins (2018) e Martins
et al. (2016), se evidencia nessa nuvem,
uma forte conexão com o eixo
sustentabilidade, contexto não
evidenciado em seus estudos.
Figura
2: Nuvem de palavras
|
|
Termos Frequência community-based tourism 176 tourism 66 sustainable tourism 41 community 31 development 24 sustainability 24 community based tourism 17 community development 17 rural
tourism 15 sustainable development
12 |
Fonte: Bibliometrix
Neste
gráfico podem-se visualizar todas as palavras e/ou sinônimos
que fazem referência ao turismo de base comuniária, incluindo citações utilizadas em artigos produzidos pelos autores.
Na Figura 3 é demonstrada a
relação de palavras chaves,
periódico e pais de origem
dos autores. Com destaque de diversidade
para os periódicos Sustainability e Journal of Sustainable
Tourism.
Figura
3: Sankey de três campos: palabra
chave, país e periódico
Fonte: Bibliometrix
Na Figura
4 é apresentado o mapa de colaboração
entre países que estudam o tema. Há
boa colaboração entre os países nessa
rede de produção de conhecimento,
através artigos e/ou documentos que traduzem a
pesquisa em torno do tema turismo de base comunitária.
Há uma grande conexão entre países da Europa, continente Africano e
Américas do Norte e Sul, além da Oceania.
Os dados referentes a colaboração permite notar conexões entre os países desenvolvidos
e os países em desenvolvimento.
Figura 4:
Mapa de colaboração
|
|
Maiores
redes de colaboração: Africa
do Sul com Australia 5 Espanha
com Equador 5 Botswana
com finlandia 4 China com
Australia 4 Africa
do Sul com Reino Unido 4 |
Fonte: Bibliometrix
As palavras
chaves de maior destaque possibilitam
destacar que questões relacionadas ao desenvolvimento, ecoturismo, resiliência, e desigualdades, possam
sugerir que a agenda de pesquisas passa a buscar explicações que possam fazer com que o turismo contribua com a economia dos territórios através de visitantes para conteúdos
de turismo de base comunitária.
De maneira
geral, este artigo se preocupou
a evidenciar os avanços dos pesquisadores
que atuam no assunto
turismo de base comunitaria. Os resultados identificados não
se assemelham aos
encontrados por Ribeiro-Martins & Silveira-Martins (2018). Diferentemente dos estudos
de Ribeiro-Martins
& Silveira-Martins (2018) e Martins
et al. (2016) que evidenciaram as revistas Casos, Rosa dos Ventos, além das revistas Estudios y Perspectivas en Turismo, Tourism & Management e TuryDes,
como periódicos com forte capacidade de divulgação em certo contexto de turismo, este estudo
realizado com os metadados
da Web of Science,
evidencia destaque para periódicos de porte internacional e de impacto, tais como Journal of sustainable tourism, Sustainability, Current issues in tourism, Tourism management, Tourism planning & development.
Considerando o objetivo deste artigo no que se
refere a sugestão
metodológica de Kirilenko & Stepchenkova
(2018) e Kohler & Digiampietri (2022), acredita-se que o estudo bibliométrico conduzido, possibilitou
identificar principais autores, por exemplo Getz DE”, “Jamal TB”,
“Okazaki E”, “Ruiz-Ballesteros E” que juntos alcançam
quase 2000 citações, principais periódicos (Journal of sustainable tourism, Sustainability, Current issues in tourism) e trazer a luz os avanços científicos que os pesquisadores
da área de turismo de base comunitaria tem alcançado.
4. Conclusão
Apesar de o
turismo ser uma área relativamente nova em pesquisa
científica, já que os primeiros
cursos de graduação surgiram
em meados da década de 1970, atualmente muitos pesquisadores têm se dedicado ao estudo da temática, seja entre abordagens em torno do mercado consumidor e o fluxo de turistas em suas visitações ou através
do vínculo sócio cultural que a atividade
pode proporcionar. Estudos apontam
que as viagens de experiência
e/ou vivenciar o modo de vida de uma
comunidade tem despertado o
interesse de grande parte dos viajantes, aliado ao grande paradigma da sustentabilidade.
O Turismo de Base Comunitária, popularmente conhecido como TBC ou Turismo Comunitário se caracteriza como uma
forma de autogestão, gerenciamento
e protagonismo da atividade turística pela comunidade anfitriã. Surge no cenário turístico como uma
alternativa aos modos de produção
e desenvolvimento do turismo convencional, onde uma de suas premissas
são a sustentabilidade
ambiental, a preservação da cultura e o modo de vida
local.
Considerando a pouca
produção de estudos
bibliométricos e de análises de redes sobre o turismo
no país, o estudo buscou fazer uma análise
em torno do tema turismo de base comunitária e a relação com os dados encontrados.
Foi
feito uma busca com o tópico (“tourism” and
(“community-based tourism” or “traditional communities”)) na
coleção principal do Web of Science. Foram encontrados 370 artigos
no período de 1995 a 2021; destes foi
feita a análise dos dados.
Pode-se observar a expressiva produção de artigos por universidades de países em desenvolvimento
destro desta temática, com destaque para o Brasil e África do Sul. No estudo também é demonstrado a rede de cooperação,
onde as palavras de maior relevância são aquelas que vem sendo abordadas ao longo do estudo, como: ecoturismo, turismo de base comunitária, gestão, participação, percepções, governança, conservação,
impactos.
Embora a literatura disponível e os dados para comparação
tenham sido uma limitação, também sugerem uma exploração
adicional e contínua de tendências
e análises relevantes. Espera-se
que outros estudos possam surgir e incluir novas análises
de índices para melhor compreensão
do objeto de estudo, principalmente em países em desenvolvimento, visto que possa
ser relevante estudar impacto e trajetória
temática de autores, instituições e periódicos.
5. Referências
Aria,
M., & Cuccurullo, C. (2017). Bibliometrix: An R-tool for comprehensive
science mapping analysis. Journal of informetrics,
11(4), 959-975.
Blackstock, K. L., White, V., McCrum, G., Scott, A.,
& Hunter, C. (2008). Measuring responsibility: An appraisal of a Scottish
National Park's sustainable tourism indicators. Journal of Sustainable
Tourism, 16(3), 276-297.
Braga, A., Mello, J. A., Silva, P., & Mello, A.
(2022). Estudo Netnográfico a partir dos comentários emitidos no Facebook sobre patrimônio
e o turismo em Tinguá-RJ-Brasil. Revista Turismo
& Desenvolvimento, 39, 405-423. https://doi.org/10.34624/rtd.v39i0.25875
Butt, N. S., Malik,
A. A., & Shahbaz, M. Q. (2021). Bibliometric analysis of statistics
journals indexed in web of science under emerging source citation index. Sage Open, 11(1),
2158244020988870.
Carvache-Franco,
M., Contreras-Moscol, D., Orden-Mejía, M., Carvache-Franco, W., Vera-Holguin,
H., & Carvache-Franco, O. (2022). Motivations and Loyalty of the
Demand for Adventure Tourism as Sustainable Travel. Sustainability, 14(14),
8472.
Dodds, R., Ali, A., & Galaski,
K. (2018). Mobilizing knowledge: Determining key elements for success and
pitfalls in developing community-based tourism. Current Issues in Tourism,
21(13), 1547-1568.
Duarte, K. S., Lima, T. A. C., Alves, L. R., Rios, P.
A. P., & Motta, W. H. (2021). The circular economy approach for reducing
food waste: a systematic review. Revista
Produção e Desenvolvimento, 7. https://doi.org/10.32358/rpd.2021.v7.572
Graciano, P. F., & Holanda, L. A. D. (2020). Análise bibliométrica da produção
científica sobre turismo de base comunitária de 2013
a 2018. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, 14, 161-179.
Harrison, D. (2008). Pro-poor tourism: A critique. Third world quarterly, 29(5), 851-868.
Hirsch, J. E. (2005). An index to
quantify an individual's scientific research output. Proceedings of the
National academy of Sciences, 102(46),
16569-16572.
Jamal, T. B., & Getz, D. (1995). Collaboration
theory and community tourism planning. Annals of tourism research, 22(1),
186-204.
Kirilenko, A. P., & Stepchenkova, S. (2018). Tourism research from its
inception to present day: subject area, geography, and gender distributions. PLoS One, 13(11), e0206820.
Kohler,
A. F., & Digiampietri, L. A. (2022). Campo de
turismo no Brasil, 1990-2018: trajetória de seus principais temas e tópicos
de pesquisa. Turismo e Sociedade, 14(2).
http://dx.doi.org/10.5380/ts.v14i2.79389
Koseoglu, M. A., Rahimi,
R., Okumus, F., & Liu, J. (2016). Bibliometric
studies in tourism. Annals of tourism research, 61, 180-198.
Kumar, S., Sureka, R.,
& Vashishtha, A. (2020). The Journal of Heritage
Tourism: a bibliometric overview since its inception. Journal of heritage
tourism, 15(4), 365-380.
Lee, T. H., & Jan, F. H. (2019). Can
community-based tourism contribute to sustainable development? Evidence from
residents’ perceptions of the sustainability. Tourism Management, 70,
368-380.
Macedo, V. P., Lebres, V.
F., & Junior, R. B. (2022). Hackathon as an instrument for innovation in
collaborative networks: a bibliometric analysis. Revista Produção e Desenvolvimento, 8(1),
e602-e602.
Maldonado-Erazo,
C. P., del Río-Rama, M. D. L. C., Noboa-Viñan, P.,
& Álvarez-García, J. (2020). Community-based tourism in Ecuador: Community ventures
of the provincial and cantonal networks. Sustainability, 12(15),
6256.
Manyara,
G., & Jones, E. (2007). Community-based tourism enterprises development in
Kenya: An exploration of their potential as avenues of poverty reduction. Journal
of sustainable tourism, 15(6), 628-644.
Martín, H.S., Salmones
Sánchez, M.M.G., & Herrero, Á. (2018). Residents' attitudes and behavioural support for tourism in host communities. Journal
of Travel & Tourism Marketing, 35(2), 231-243. https://doi.org/10.1080/10548408.2017.1357518
Martins, C., Fiates,
G. G. S., & Pinto, A. L. (2016). A relação entre os clusters
de turismo e tecnologia e seus
impactos para o desenvolvimento local: um estudo bibliométrico da produção científica. Revista Brasileira de Pesquisa em
Turismo, 10, 65-88.
Merigó, J.
M., & Yang, J. B. (2017). A bibliometric analysis of operations research and
management science. Omega, 73, 37-48.
Miranda, A. C. C., de Carvalho, E. M. R., & da Costa, M. I.
(2018). O impacto dos periódicos na comunicação científica. Biblos, 32(1), 1-22.
Mitchell, R. E., & Reid, D. G. (2001). Community integration:
Island tourism in Peru. Annals of tourism research, 28(1),
113-139.
Moral-Muñoz, J. A., Herrera-Viedma,
E., Santisteban-Espejo, A., & Cobo, M. J. (2020). Software tools for
conducting bibliometric analysis in science: An up-to-date review. Profesional de la Información, 29(1). https://doi.org/10.3145/epi.2020.ene.03
Moura,
A., Eusébio, C., & Devile, E. (2022). The ‘why’and
‘what for’of participation in tourism activities:
travel motivations of people with disabilities. Current Issues in Tourism,
26(2), 941-957. https://doi.org/10.1080/13683500.2022.2044292
Munasinghe, L. M., Gunawardhana, T., Wickramaarachchi, N. C., & Ariyawansa,
R. G. (2022). Regulation of peer-to-peer tourist accommodation services:
lessons from Asia pacific countries for Sri Lanka. Revista
Produção e Desenvolvimento,
8(1), e593-e593.
Okazaki, E. (2008). A community-based tourism model:
Its conception and use. Journal of sustainable tourism, 16(5),
511-529.
Polat, G., & Öztürk, İ. (2021). Current
Supporting Practices in Health Tourism. Tourism Studies and Social Sciences
(pp.375-391). St. Kliment Ohridski University Press.
Porto,
J. R. (2019). Expansão do turismo, conflitos territoriais e resistência quilombola no Baixo Sul da Bahia. Revista del CESLA. International Latin
American Studies Review, (23), 301-332.
Reed, M. G. (1997). Power relations and
community-based tourism planning. Annals of tourism research, 24(3),
566-591.
Ribeiro-Martins, C. S., &
Silveira-Martins, E. (2018). Turismo
gastronômico: uma pesquisa
bibliométrica em bases de dados nacionais e internacionais. Turismo: Visão
e Ação, 20(1), 184-208.
Robina-Ramírez,
R., Medina-Merodio, J. A., & Estriegana, R.
(2022). What do
urban and rural hotel managers say about the future of hotels after COVID-19?
The new meaning of safety experiences. Cities, 120, 103492. https://doi.org/10.1016/j.cities.2021.103492
Ruiz-Ballesteros, E. (2011). Social-ecological
resilience and community-based tourism: An approach from Agua Blanca, Ecuador. Tourism
management, 32(3), 655-666.
Ryan, T. P., & Woodall, W. H.
(2005). The most-cited statistical papers. Journal of Applied Statistics, 32(5),
461-474.
Salazar, N. B. (2012). Community-based cultural
tourism: Issues, threats and opportunities. Journal
of Sustainable Tourism, 20(1), 9-22.
Santos, G. E. D. O., Panosso,
A., & Wang, X. (2017). Análise de citações de periódicos científicos de turismo no Brasil: subsídios para a estimação de
indicadores de impacto. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, 11, 61-88.
Scheyvens, R. (1999). Ecotourism and the
empowerment of local communities. Tourism management, 20(2), 245-249.
Schiopu, A. F., Hornoiu, R.
I., Padurean, A. M., & Nica, A. M. (2022).
Constrained and virtually traveling? Exploring the effect of travel constraints
on intention to use virtual reality in tourism. Technology in Society, 71,
102091. https://doi.org/10.1016/j.techsoc.2022.102091
Sebele, L. S. (2010). Community-based
tourism ventures, benefits and challenges: Khama rhino
sanctuary trust, central district, Botswana. Tourism management, 31(1),
136-146. https://doi.org/10.1016/j.tourman.2009.01.005
Shukla, A. K., Muhuri,
P. K., & Abraham, A. (2020). A bibliometric analysis and cutting-edge
overview on fuzzy techniques in Big Data. Engineering Applications of
Artificial Intelligence, 92, 103625. https://doi.org/10.1016/j.engappai.2020.103625
Tosun, C. (2000). Limits to community participation in
the tourism development process in developing countries. Tourism management,
21(6), 613-633. https://doi.org/10.1016/S0261-5177(00)00009-1
Yu, D., & He, X. (2020). A bibliometric study for
DEA applied to energy efficiency: Trends and future challenges. Applied
Energy, 268, 115048. https://doi.org/10.1016/j.apenergy.2020.115048
Yu, D., Xu, Z., Pedrycz, W.,
& Wang, W. (2017). Information sciences 1968–2016: A retrospective analysis
with text mining and bibliometric. Information Sciences, 418-419,
619-634. https://doi.org/10.1016/j.ins.2017.08.031
Zapata, M. J., Hall, C. M., Lindo, P., & Vanderschaeghe, M. (2011). Can community-based tourism
contribute to development and poverty alleviation? Lessons from Nicaragua. Current
Issues in Tourism, 14(8), 725-749. https://doi.org/10.1080/13683500.2011.559200