Revista de Filología y Lingüística de la Universidad de Costa Rica ISSN Impreso: 0377-628X ISSN electrónico: 2215-2628

OAI: https://revistas.ucr.ac.cr/index.php/filyling/oai
Aspecto perfect associado ao passado: uma análise das realizações linguísticas no português brasileiro
PDF (Español (España))
EPUB (Español (España))
HTML (Español (España))

Palavras-chave

aspect
perfect
past
morphosyntactic realizations
Brazilian Portuguese
aspecto
perfecto
pasado
realizaciones morfosintácticas
portugués brasileño
aspecto
perfect
passado
realizações morfossintáticas
português brasileiro

Como Citar

Alevato de Sant’Anna, A. ., Leitão Martins, A. ., & da Silva Gomes, J. C. . (2024). Aspecto perfect associado ao passado: uma análise das realizações linguísticas no português brasileiro. Revista De Filología Y Lingüística De La Universidad De Costa Rica, 50(2), e60553. https://doi.org/10.15517/rfl.v50i2.60553

Resumo

Objetiva-se, nesta pesquisa, investigar a representação sintática do aspecto perfect. Mais especificamente, pretende-se verificar as realizações morfossintáticas de perfect universal (PU), resultativo (PRes) e experiencial (PEx) associados ao tempo passado e ao modo indicativo no português brasileiro (PB). Para tanto, foram analisadas cinco horas de fala espontânea e foi aplicado um teste de preenchimento de lacunas a 62 falantes nativos do PB. Os resultados evidenciam que o PU é veiculado por meio de pretérito imperfeito e “estar” no pretérito imperfeito + gerúndio; o PRes é veiculado por meio de pretérito mais-que-perfeito composto (com auxiliares “ter” e “haver”), pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito simples e “acabar” no pretérito mais-que-perfeito composto com auxiliar “ter” + preposição “de” + infinitivo; e o PEx é veiculado por meio de pretérito mais-que-perfeito composto (com auxiliares “ter” e “haver”), pretérito perfeito e pretérito mais-que-perfeito simples. Os resultados corroboram a proposta de Rodrigues e Martins (2019) de que há três sintagmas de perfect na árvore sintática: o Sintagma de Perfect Universal (UPerfP) para o PU, o Sintagma de Perfect Resultativo (ResPerfP) para o PRes e o Sintagma de Perfect Experiencial (ExPerfP) para o PEx.

https://doi.org/10.15517/rfl.v50i2.60553
PDF (Español (España))
EPUB (Español (España))
HTML (Español (España))

Referências

Alexiadou, A., Rathert, M. & Von Stechow, A. (2003). Introduction: the modules of perfect constructions. Em A. Alexiadou, M. Rathert & A. Von Stechow (Orgs.), Perfect Explorations (pp. 5-38). Mouton de Gruyter.

Bowie, J., Wallis, S. & Aarts, B. (2013). The perfect in spoken British English. Em B. Aarts, J. Close, G. Leech & S. Wallis (Eds.), The Verb Phrase in English: Investigating Recent Language Change with Corpora (pp. 318–352). Cambridge University Press.

Callou, D. & de Avelar, J. O. (2021). Sobre ter e haver em construções existenciais: variação e mudança no português do Brasil. Gragoatá, 5(9), 85-100.

Cinque, G. (1999). Adverbs and functional heads: A cross-linguistic perspective. Oxford University Press.

Coan, M. (1997). Anterioridade a um ponto de referência passado: pretérito (mais-que-) perfeito. [Dissertação de Mestrado em Linguística, Universidade Federal de Santa Catarina].

Comrie, B. (1976). Aspect: An introduction to the study of verbal aspect and related problems (Vol. 2). Cambridge University Press.

Gomes, J. C. S. (2020). O comprometimento do aspecto perfect na Doença de Alzheimer [Dissertação de Mestrado em Linguística, Universidade Federal do Rio de Janeiro].

Gomes, J. C. S., Martins, A. L. & Rodrigues, F. C. (2021). The linguistic impairment of the perfect aspect in Alzheimer’s disease and logopenic primary progressive aphasia. Cadernos de Linguística, 2(4), e528-e528.

Gonçalves, C. A. V. (1993). Falara-se mais-que-perfeito: estudo presente do tempo pretérito. ALFA: Revista de Linguística, 37.

Hricsina, J. (2017). Evolução dos verbos auxiliares na língua portuguesa. Études romanes de Brno, (2), 165-184.

Iatridou, S., Anagnostopoulou, E. & Izvorski, R. (2003). Observations about the form and meaning of the perfect. Perfect explorations, 2, 153-204.

Jesus, J. L. D., Matos, A. C. D. S., Martins, A. L. & Nespoli, J. B. (2017). O aspecto 'perfect' no português do Brasil. Travessias interativas, 7(14), 511-526.

Matos, A. C. D. S. (2017). O aspecto perfect no português do Brasil: uma análise do tipo existencial. [Monografia de Graduação em Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro].

Medeiros, B. S., Pessôa, L. S., Martins, A. L. & Gomes, J. C. S. (2023). Morphological realizations of perfect associated with the future in brazilian portuguese. Lingüística y Literatura, (84), 154-184.

Mittwoch, A. (1988). Aspects of English aspect: on the interaction of perfect, progressive and durational phrases. Linguistics and philosophy, 203-254.

Nespoli, J. B. (2018). Representação mental do perfect e suas realizações nas línguas românicas: um estudo comparativo. [Tese de Doutorado em Linguística, Universidade Federal do Rio de Janeiro].

Novaes, C. V. & Nespoli, J. B. (2014). O traço aspectual de perfect e as suas realizações. Revista FSA (Centro Universitário Santo Agostinho), 11(1), 255-279.

Pancheva, R. (2003). The aspectual makeup of perfect participles and the interpretations of the perfect* roumyana pancheva. Perfect explorations, 2, 277.

Pollock, J. Y. (1989). Verb movement, universal grammar, and the structure of IP. Linguistic inquiry, 20(3), 365-424.

Reichenbach, H. (1947). Elements of symbolic logic. Free Press.

Rodrigues, N. P. S. & Martins, A. L. (2019). Evidências advindas da aquisição do português do Brasil para os tipos de 'perfect'. Revista Linguíʃtica, 15(3), 161-184.

Sant’Anna, A. A. (2019). Realizações morfológicas do perfect associado ao passado no português do

Brasil. Anais do III D-Ling.

Sant'Anna, A. A., Martins, A. L. & Gomes, J. C. S. (2019). A representação sintática do aspecto perfect: uma análise a partir de advérbios do português brasileiro. Caderno de Squibs: Temas em estudos formais da linguagem, 5(1), 84-95.

Sant'Anna, A. A., Martins, A. L. & Gomes, J. C. S. (2022). Resultado e experiência: leituras aspectuais a partir do ordenamento VP-advérbio “já” no português brasileiro. Línguas e Instrumentos Linguísticos, 25(50), 59-80.

Comentários

Creative Commons License

Este trabalho é licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 3.0 International License.

Downloads

Não há dados estatísticos.