Resumo
O objetivo desta investigação foi analisar o conhecimento da bioética pelos acadêmicos da saúde, em uma universidade pública da Bahia. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa, realizado com 82 acadêmicos que cursavam o último semestre dos cursos da saúde da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB. Utilizou-se, para a coleta de dados, o questionário de Indicadores Formativos em Bioética em Profissões da Saúde: Inquérito. Os dados demonstraram que os discentes apresentam conhecimento acerca dos objetivos e dos princípios da bioética, porém, quando inferido sobre os conceitos da bioética, alguns participantes apresentaram divergências nas respostas. Conclui-se que o ensino da bioética deve ser feito de forma transdisciplinar, necessitando ainda, da dissociação da bioética e deontologia nas graduações, além de promover espaços de reflexões e conhecimento acerca do tema.
Referências
Coêlho AFVCMB, Costa AKG, Lima MG. Da ética principialista para a bioética de intervenção: sua utilização na área da saúde. Rev Tempus Actas Saúde Col. 2013; 7(4): 239-53.
Amaro Cano MC, Angela ML, María LV, Siara BC, Haymara M. Principios básicos de la bioética. Rev Cubana Enfermer. 1996; 12(1): 11-12.
Couto Filho JCF, Souza FS, Silva SS, Yarid SD, Sena ELS. Ensino da Bioética nos cursos de Enfermagem das universidades federais brasileiras. Rev bioét (Impr.) 2013; 21 (1): 179-85.
Bouças ICOM. Ensino e Aprendizagem da Bioética em Enfermagem: Perspectiva dos estudantes. [Dissertação]. Porto-Portugal: Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; 2007.
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB. Matrizes Curriculares dos cursos de Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Odontologia. 2015 .
Reich WT. Revisiting the launching of the Kennedy Institute: re-visioning the origins of bioethics. Kennedy Inst Ethics J. 1996; 6(4): 323-327.
Motta LCS, Vidal SV, Siqueira-Batista R. Bioética: afinal, o que é isto?. Rev Bras Clin Med. 2012; 10(5): 431-439.
Canen A. Educação multicultural, identidade nacional e pluralidade cultural: tensões e implicações curriculares. Cadernos de Pesquisa. 2000; 111: 135-149.
Brasil. Diretrizes Curriculares Nacionais. Parecer CNE n° 1133 03 de outubro de 2001. Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Enfermagem, Medicina e Nutrição. Brasília, DF; Conselho Nacional de Educação. 2001.
Finkler M, Verdi MIM, Caetano JC, Ramos FRS. Formação profissional ética: um compromisso a partir das diretrizes curriculares?. Trab Educ. Saúde. 2010; 8(3): 449-462.
Pessini L. Um tributo à Potter no nascedouro da bioética: [temas em debate]. Bioética. 2001; 9(2): 149-153.
Triana JAE. Riqueza de principios en bioética. Revista Colombiana de Bioética. 2011; 6(2): 128-137.
Passini L, Barchifontaine CP. Problemas atuais de Bioética, 8ª Ed. revista e ampliada, São Paulo: Centro Universitário São Camilo: Loyola, 2007.
Wanssa MCD. Autonomia versus beneficência. Revista Bioética. 2011;19(1): 105-117.
Sousa ATO, França JRFS, Costa SFG, Souto CMRM. Cuidados paliativos com pacientes terminais: um enfoque na Bioética. Rev Cuba Enferm. 2010; 26(3):123-135.
Fortes PAC, Zoboli ELCP. Bioética e Saúde Pública. Editora Loyola, 2003.
Paim JS, Silva LM. Universalidade, integralidade, equidade e SUS. BIS. Bol Inst Saúde. 2010;12(2):109-14.
Azevedo BDS, Biondo CS, Sena ELS, Boery RNSO, Yarid SD. Reflexão bioética sobre o acesso à saúde suplementar no Brasil. Acta bioeth. 2015; 21(1): 117-125.
Fernandes EF, Priel MR. O ensino da Bioética e a tomada de decisões: impacto em estudantes de medicina. O Mundo da Saúde. 2013; 37(1): 9-15.
Paiva LM, Guilhem D, Sousa ALL. O Ensino da bioética na graduação do profissional de saúde. Medicina, Ribeirao Preto. 2014; 47(4): 357-369.
Motta LCS, Vidal SV, Gomes AP, Lopes TCC, Rennó L, Miyadahira R, et al . En busca del ethos de la Estrategia Salud de la Familia: una investigación bioética. Rev. Bioét. 2015; 23( 2 ): 360-372.
Clotet J. Por que bioética? Rev. Bioét. 2009; 1(1): 8-14.
Nunes L. Ética em cuidados paliativos: limites ao investimento curativo. Rev. Bioét. 2009;16(1): 41-50.