Resumo
Objetivo: analisar a associação entre distúrbios do sono infantil, fatores sociodemográficos e sono dos cuidadores.
Método: Estudo epidemiológico, transversal, analítico, com abordagem quantitativa, desenvolvido em duas escolas públicas do Nordeste do Brasil. Os participantes foram 222 estudantes, com idades entre 6 e 11 anos, e 123 cuidadores. Foi utilizada a escala de distúrbios do sono em crianças. O sono dos cuidadores foi analisado por meio do índice de qualidade do sono de Pittsburgh e Escala de Sonolência de Epworth.
Resultados: Na escala de distúrbios do sono em crianças, 60,8% tinham boa qualidade do sono. A maioria das crianças com horas de sono adequadas estudavam no período vespertino, passavam menos de duas horas em frente das telas e não tinham relato de doença. Houve relação significante entre cuidadores sem vínculo empregatício extradomiciliar e horas adequadas de sono da criança. Crianças com má qualidade do sono apresentaram predomínio de enurese. Houve associação entre boa qualidade do sono e prática de atividade física em horário livre e aceitação da refeição escolar. Entre os cuidadores que não apresentaram sonolência diurna excessiva e relato de doença, predominou as crianças com boa qualidade do sono.
Conclusão: Os dados encontrados sugerem a necessidade de conduzir novas estratégias que possam promover mais qualidade ao sono de crianças, junto dos cuidadores e da comunidade educativa pré-escolar.