La disciplina de matemáticas modernas en los cursos técnicos industriales en Portugal
DOI:
https://doi.org/10.15517/yv4tte48Palabras clave:
educación técnica, matemáticas modernas, disciplina escolar, plan de estudiosResumen
El movimiento de reforma conocido como matemáticas modernas buscaba modernizar la enseñanza de las matemáticas para satisfacer las necesidades sociales, profesionales y científicas surgidas tras la Segunda Guerra Mundial. A pesar de la internacionalización del movimiento, con encuentros de colaboración entre agentes educativos de distintos países, su incorporación a los sistemas educativos nacionales fue muy diversa. Este ensayo teórico analiza la constitución de la disciplina matemática en los cursos industriales de la educación técnica portuguesa durante la reforma de las matemáticas modernas, en el marco del concepto de conocimiento escolar. Concluye que la reforma movilizó al profesorado de educación industrial, que reinterpretó las directrices internacionales a la luz de su conocimiento pedagógico previamente consolidado. Esta apropiación reflejó tensiones entre la valoración de la abstracción estructuralista y la necesidad de conexión con la realidad y la formación profesional. Históricamente, el movimiento contribuyó a la redefinición de la identidad profesional del profesorado y a la recomposición de las prácticas pedagógicas; social y económicamente, se tradujo en un esfuerzo por alinear la formación técnica con las exigencias de la modernización y el desarrollo industrial del país, si bien limitado por las jerarquías y prioridades políticas del régimen. La desaparición de las Escuelas Técnicas, tras la democratización de la educación en 1974, puso fin a este ciclo de reformas, dejando, no obstante, una huella indeleble en la cultura escolar y en la organización curricular de Portugal.
Descargas
Referencias
Almeida, Leopolidino. (1970). Palavras do Inspetor-Superior do E.T.P. Dr. Leopoldino de Almeida, no encerramento dos Cursos de Atualização e Valorização do Pessoal Docente, 1969. Boletim das Escolas Técnicas, 41, 9-22.
Almeida, Mária Cristina e Matos, José Manuel (2021). A avaliação da experiência de Matemática Moderna nos liceus portugueses. REMATEC, 16, 43–58. https://doi.org/10.37084/REMATEC.1980-3141.2021.n.p43-58.id321
Almeida, Mária Cristina., Matos, José Manuel., e Almeida, António José. (2022). Transcrição das notícias sobre matemática moderna publicadas nos jornais diários de Lisboa. UIED e APM.
Almeida, Mária Cristina., e Rodrigues, Alexandra Sofia. (2025). Distinct Approaches to Integers in Technical Schools and in Liceus, During Modern Mathematics in Portugal. Em Évelyne Barbin, Michael N. Fried, Marta Menghini, Francesco S. Tortoriello (Eds), History and Epistemology in Mathematics Education. Trends, Practices, Future Developments, (pp. 513-526). Birkhäuser. https://doi.org/10.1007/978-3-031-86870-2
Anónimo (1972). Uma Carta. Folha Informativa dos professores do 1.º Grupo (E.T.P.), 64, 7-9.
Bardin, Laurence. (1977). Análise de Conteúdo. Lisboa Edições.
Biscaia, Aires (1967). Matemática Moderna, porquê?. Folha Informativa dos professores do 1.º Grupo (E. T. P.), 3, 1-3.
Biscaia, Aires. (1971). Ataques frontais à Matemática Moderna. Folha Informativa dos professores do 1.º Grupo (E. T. P.), 63, 4.
Biscaia, Aires., Gomes, Francelino., Monteiro, Jorge., Pinto, Maria Helena Paz., Heitor, Santos., e Pereira, Vítor. (1971). Matemática. 1.º ano. Edição dos autores.
Biscaia, Aires., Monteiro, Jorge., Pinto, Maria Helena Paz, e Heitor, Santos. (1971/1972). Matemática. 2.º ano (2 volumes). Edição dos autores.
Carvalho, Rómulo. (2008). História do Ensino em Portugal. Desde a fundação da nacionalidade até ao fim do Regime de Salazar-Caetano (4a. ed.). Fundação Calouste Gulbenkian.
Chartier, Roger. (2007). La historia o la lectura del tiempo. Gedisa.
Chervel, André (1990). História das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de pesquisa. Teoria & Educação, 2, 177-229.
Chopin, Alain. (2009). O manual escolar: uma falsa evidência histórica [Trad. Maria Helena Bastos]. História da Educação, 13(27), 9-75. https://seer.ufrgs.br/index.php/asphe/article/view/29026/pdf
Comissão. (1970). Programa do 1.º ano. Folha Informativa dos professores do 1.º Grupo (E. T. P.), 41, 15-17.
Comissão (s/ autor). (1970). Programa do 3.º ano de Matemática. Folha Informativa dos professores do 1.º Grupo (E. T. P.), 45, 11-16.
Comissão. (1971). Programa do 2.º ano. Folha Informativa dos professores do 1.º Grupo (E. T. P.), 55, 15-17.
Costa, António Almeida., e Anjos, Alfredo Osório. (1970). Compêndio de Matemática. 1.º ano do ensino liceal. Álgebra – Geometria. Porto Editora.
Costa, António Almeida., e Anjos, Alfredo Osório. (1971). Compêndio de Matemática. 2.º ano do ensino liceal. Porto Editora.
Costa, António Almeida., e Anjos, Anjos, Alfredo Osório. (1974). Compêndio de Matemática. 3.º ano do ensino liceal. Porto Editora.
D’Ambrósio, Ubiratan. (2009). Educação Matemática. Da teoria à prática (17.ª ed.). Papirus Editora.
De Bock, Dirk. (2023a). Preface to the book. Em Dirk De Bock (Ed.), Modern Mathematics. An International Movement? (pp. xxxi-xxxii). Springer. https://link.springer.com/content/pdf/10.1007/978-3-031-11166-2.pdf
De Bock, Dirk. (2023b). Modern Mathematics: An International Movement Diversely Shaped in National Contexts. Em Dirk De Bock (Ed.). Modern Mathematics. An International Movement? (pp. 1-12). Springer. https://link.springer.com/content/pdf/10.1007/978-3-031-11166-2.pdf
De Bock, Dirk. (2023c). The Early Roots of the European Modern Mathematics Movement: How a Model for the Science of Mathematics Became a Model for Mathematics Education. Em Dirk De Bock (Ed.), Modern Mathematics. An International Movement? (pp. 37-54). Springer. https://link.springer.com/book/10.1007/978-3-031-11166-2
Furinghetti, Fulvia., Matos, José Manuel., e Menghini, Marta. (2013). From Mathematics and Education, to Mathematics Education. Em M. A. (Ken) Clements, Alan J. Bishop, Christine Keitel, Jeremy Kilpatrick e Frederick K. S. Leung (Eds.), Third International Handbook of Mathematics Education (pp. 273-302). Springer.
Gimeno, J. Sacristán. (2000). O currículo: Uma reflexão sobre a prática. Artmed.
Gomes, Álvaro Pereira. (1970). Reunião de professores encarregados da regência de turmas piloto de matemática – 2.º ano, Folha Informativa dos Professores do 1.º Grupo (E.T.P.), 46, 7-9.
Gomes, Francelino., Monteiro, Jorge., Pinto, Maria Helena Paz., e Heitor, Santos. (1972/73). Matemática. 3.º ano. (2 volumes). Amílcar de Matos Marques.
Goodson, Ivor F. e Marsh, Colin J. (1996). Studying school subjects. A guide. The Falmer Press.
Goodson, Ivor F. (1990). Studying curriculum: towards a social constructionist perspective. Journal of Curriculum Studies, 22(4), 299–312. https://doi.org/10.1080/0022027900220401
Guimarães, Henrique Manuel. (2011). A “modernização” do ensino da matemática em Portugal – Sebastião e Silva e as perspectivas metodológicas emanadas de Royaumont (1959). Em XIII CIAEM-IACME (pp. 1-10). CIAEM-IACME.
Heitor, António Oleiro Santos. (1958). Comentário sobre a XI reunião da comissão internacional para o estudo e aperfeiçoamento do ensino da matemática. Boletim de Ação Educativa, 6(23), 269-284.
Heitor, António Oleiro Santos. (1967a). Artigo preparatório do 2.º Curso de Aperfeiçoamento dos Professores de Matemática (E.T.P.). Folha Informativa dos Professores do 1º Grupo (E. T. P.), 9, 1-5.
Heitor, António Oleiro Santos. (1967b). O problema da coordenação de ensino. A transferência da aprendizagem. Folha Informativa dos professores do 1.º Grupo (E. T. P.), 2, 4-8.
Julia, Dominique. (2001). A Cultura Escolar como Objeto Histórico. Gizele Sousa (Trad.) Revista Brasileira de História da Educação, 1(1), 9-43. https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/38749
Karp, Alexander. (2013). From the Local to the International in Mathematics Education. Em M. A. (Ken) Clements, Alan J. Bishop, Christine Keitel, Jeremy Kilpatrick, e Frederick K. S. Leung (Eds.), Third International Handbook of Mathematics Education (pp. 727-826). Springer. https://link.springer.com/book/10.1007/978-1-4614-4684-2
Matos, José Manuel. (2009). Changing representations and practices in school mathematics: the case of Modern Math in Portugal. In Kristín Bjarnadóttir, Fulvia Furinghetti, e Gert Schubring, (Eds.), “Dig where you stand”. Proceedings of the conference “On-going research in the History of Mathematics Education” (pp. 123-138). University of Iceland.
Matos, José Manuel., e Almeida, Mária Cristina (2023). The Distinct Facets of Modern Mathematics in Portugal. In Dirk De Bock (Ed.). Modern Mathematics. An International Movement? (pp. 169-198). Springer. https://link.springer.com/book/10.1007/978-3-031-11166-2
Moon, Bob. (1986). The “New Maths” curriculum controversy. An international story. Falmer Press.
Novaes, Barbara Winiarski Diesel. (2012). O movimento da matemática moderna em escolas técnicas industriais do Brasil e Portugal: impactos na cultura escolar (Tese de Doutorado em Educação). Pontifícia Universidade Católica do Paraná: Curitiba. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/189998
Pereira, Vitor Jesus. (1967). Alguns apontamentos recolhidos durante o Colóquio de professores de matemática (outubro de 1967). Folha Informativa dos professores do 1.º Grupo (E. T. P.), 14, 3-9.
Recomendação n.º 43 (1957). Recomendação aos Ministérios da Instrução Pública respeitante ao ensino da Matemática nas escolas secundárias. Escolas Técnicas, Boletim de Ação Educativa, Vl(22), 45-52.
Rodrigues, Alexandra Sofia. (2014). Os programas de Matemática no Ensino Profissional em Portugal. In António José Almeida e José Manuel Matos (Coord.). .), A matemática nos programas do ensino não superior (1835-1974) (pp. 99-118). UIED e APM.
Rodrigues, Alexandra Sofia. (2023). Os números inteiros durante a Matemática Moderna nas Escolas Técnicas em Portugal. Em Miguel Picado-Alfaro e Yuri Morales-López (Eds.). .), Memorias del VII Congreso Iberoamericano de Historia de la Educación Matemática (pp. 7-9). Universidad Nacional. https://zenodo.org/records/11248261
Rodrigues, Alexandra Sofia. (2025). Os números inteiros durante a matemática moderna nas escolas técnicas em Portugal. PNA, 19(5), 419-437. https://revistaseug.ugr.es/index.php/pna/article/view/30203/29878
Rodrigues, Alexandra Sofia., e Matos, José Manuel. (2021). A Folha Informativa do ensino técnico: uma ferramenta de partilha de experiências. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, 9(3), e21091. DOI: https://doi.org/10.26571/reamec.v9i3.13019 10.26571/reamec.v9i3.13019.
Rodrigues, Alexandra. (2022). O movimento da matemática moderna no ensino técnico em Portugal. Em Rafael Enrique, Gutiérrez-Araujo e Juan Luis Prieto-González (Comps.), Memorias del VI Congreso Iberoamericano de Historia de la Educación Matemática (pp. 607-622). Asociación Aprender en Red. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/230722 .
Rodrigues, Alexandra; Novaes, Barbara Winiarski Diesel e Matos, José Manuel (2016). A cultura escolar em conflito: ensino técnico e matemática moderna em Portugal, Revista Diálogo Educacional, 16(48), 381-402. https://doi.org/10.7213/dialogo.educ.16.048.DS06 DOI: 10.7213/dialogo.educ.16.048.DS06
Rodrigues, Lúcia Lima., e Craig, Russel. (2009). Teachers as servants of state ideology: Sousa and Sales, Portuguese School of Commerce, 1759–1784. Critical Perspectives on Accounting, 20(3), 379-398. https://doi.org/10.1016/j.cpa.2007.11.001 DOI: 10.1016/j.cpa.2007.11.001
Schubring, Gert. (1999). O primeiro Movimento internacional de Reforma Curricular em Matemática e o Papel da Alemanha: um estudo de caso na transmissão de conceitos. Zetetiké, 7(11) 29-50. https://doi.org/10.20396/zet.v7i11.8646833
Viñao, Antonio. (2008). A história das disciplinas escolares [Tradução Marina Fernandes Braga]. Revista Brasileira de História da Educação, 18, 173-215.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Alexandra Sofia Rodrigues (Autor/a)

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Todos los artículos y los ensayos publicados están protegidos por las licencias Creative Commons (CC), bajo el estándar Atribución-No Comercial-Compartir Igual - CC BY-NC-SA 4.0 que constituyen un complemento al derecho de autor tradicional, en los siguientes términos: primero, siempre debe reconocerse la autoría del documento referido; segundo, ningún artículo o ensayo publicado en la Revista ACTUALIDADES INVESTIGATIVAS EN EDUCACIÓN puede tener fines comerciales de ninguna naturaleza; y tercero, las adaptaciones del manuscrito deben compartirse bajo los mismos términos.
