Resumo
Objetivo: O objetivo do estudo foi verificar a associação entre os anos escolares e parâmetros antropométricos e pressóricos.
Metodologia: Estudo transversal e analítico, realizado em março de 2017, em escola pública brasileira com 97 alunos, por meio da coleta de dados com formulários de caracterização sociodemográfica, além da avaliação antropométrica e pressórica. Foram incluídos na pesquisa estudantes regularmente matriculados (6° ao 9° ano), de ambos os sexos. Analisaram-se os dados mediante medidas descritivas, teste exato de Fisher e ANOVA.
Resultados: Verificou-se o predomínio de alunos do sexo feminino (54,6%), matriculados no 8° ano (31,5%) e com idade média de 12,91 anos ± 1,35 anos. Ademais, foi detectado que 45,8% dos estudantes foram enquadrados fora do padrão da normalidade para o peso. Essa variável também se associou (p=0,03) ao ano em curso dos estudantes e a altura apresentou diferença significativa ao longo dos anos. Na comparação de médias, não houve diferença entre peso, índice de massa corporal e pressão arterial sistêmica.
Conclusão: A disparidade nutricional de crianças e adolescentes desnutridas ou com excesso de peso pode ocasionar riscos à saúde com consequências na fase adulta. Parte desse fenômeno se deve à transição nutricional. Há uma demanda por estratégias mais efetivas na redução da vulnerabilidade nutricional em conjunto dos atuais programas públicos de saúde na escola. A enfermagem assume papel importante nas ações estratégicas de promoção e prevenção à saúde em ambiente escolar, para o desenvolvimento e crescimento saudável de crianças e adolescentes.