Abstract
In this article we discuss, based on social constructionism and gender studies, how the media works as a tool that educates the childhood and produces ways of being, thinking and acting. The main objective of the study was to problematize meanings of motherhood and childhood broadcasted on Youtube, through advertising for chilldren’s toys and games. This is a qualitative, descriptive, documental research, composed of sixteen videos by brazilian youtuber Valentina Pontes, that was analysed using the Discourse Analysis. We will bring here the discussions of the axis "The representation of maternity in the media: from the infantized mother to the girl mother",and invites to problematizations about the construction of maternity from the media point of view, and its influence on the production of subjectivity in childhood. We discuss, first, what is the image that Erlânia, Valentina’s mother, represents: a maternity that renounces her identity in favor of the care of the children. The second image of a mother found is Valentina herself, encourage, by a series of devices, to play as a mother. This role, by speeches and moments of fun, reinforces the deterministic idea that, for woman motherhood is something natural in the course of life. It is possible to say that Pontes family is one of the producer of many Brazilian childhoods. An example of this is the channel’s wide audience, which gives Valentina a prominent place among Youtubers, a fact that, possibly, not only impacts desires, truths and perspectives of others families, but also reinforces what they believe to be an ideal way of childhood and motherhood.
References
Ariès, Philippe. (1981). História social da criança e da família (2a. ed). LTC.
Badinter, Elisabeth. (1980). Um amor conquistado: o mito do amor materno. Nova Fronteira.
Butler, Judith. (2003). Problemas de Gênero: Feminismo e subversão da identidade. Civilização Brasileira.
Cadoná, Eliane. e Strey, Marlene Neves. (2014). A produção da maternidade nos discursos de incentivo à amamentação. Estudos Feministas, 22(2), 477-499. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2014000200005
Cadoná, Eliane., Strey, Marlene Neves., e Scarparo, Helena Beatriz K. (2017). Conceitos de saúde e cuidado na mídia impressa brasileira: uma análise do ano de 1990. CRV.
Canela, Guilherme. (2009). Mídia e produção de subjetividade: questões na infância e na adolescência. In Consejo Federeal de Psicologia, Mídia e psicologia: produção de subjetividade e coletividade (pp. 231-251, 2a. ed.). Conselho Federal de Psicologia.
Conselho nacional dos direitos da criança e do adolescente. (2020). Resolução nº 163 de 04 de abril de 2014. < https://site.mppr.mp.br/crianca/Pagina/Resolucao-CONANDA-no-1632014-de-13-de-marco-de-2014#resolucao_163
Correa, Luciana. 2016. Geração Youtube: Um mapeamento sobre o consumo e a produção de vídeos por crianças de 0 a 12 anos – Brasil – 2005/2016. ESPM.
Costa, Rosely Gomes. (1995). Reprodução e gênero: paternidades, masculinidades e teorias da concepção. Estudos Feministas. https://www.scielo.br/j/ref/a/WK3fcbGQkXxkGygZtFgGhzd/?format=pdf&lang=pt
Cruz, Lilian., Hilleshein, Betina., e Guareschi, Neuza Maria de Fatima. (2005). Infância e políticas públicas: um olhar sobre as práticas psi. Psicologia & Sociedade, 17(3), 42-49. http://www.scielo.br/pdf/psoc/v17n3/a06v17n3.pdf
Del Priore, Mary. (1989). A mulher na história do Brasil. Contexto.
Dias, Julia Santos Rodrigues. (2016). Gênero na publicidade infantil: estratégias de marketing e representações [Dissertação Mestrado em Mídia e Cotidiano]. Universidade Federal Fluminense. Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.
Fischer, Rosa Maria Bueno. (2002). O dispositivo pedagógico da mídia: modos de educar na (e pela) TV. Educação e pesquisa, 28(1), 151-162. http://www.revistas.usp.br/ep/article/view/27882/29654
Foucault, Michel. (1996). A ordem do discurso (3a. ed). Edições Loyola.
Gergen, Kenneth J. e Gergen, Mary. (2010). Construcionismo Social: um convite ao diálogo. Instituto Noos.
Guareschi. Pedrinho. (2006). Mídia e cidadania. Conexão – comunicação e cultura, 5(9), 27-40. https://pedrinhoguareschi.com.br/site/wp-content/uploads/2021/03/Mi%CC%81dia-e-Cidadania.pdf
Guareschi, Pedrinho., Romanzini, Lisie Polita., e Grassi, Lúcia Biavaschi. (2008). A “mercadoria” informação: um estudo sobre comerciais de TV e rádio. Paidéia, 18(41), 567-580. https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-863X2008000300012&script=sci_abstract&tlng=pt
Ibañez, Tomás. (2004). O “giro linguístico”. In Lupicinio Iñiguez (Coord.), Manual de análise do discurso em ciências sociais (pp.23-46). Vozes.
Iñiguez, Lupicinio. (2004). Os fundamentos da análise de discurso. In Lupicinio Iñiguez (Coord), Manual de análise do discurso em ciências sociais (pp. 47-88). Vozes.
Iñiguez, Lupicinio. (2008). La psicologia social en la encrucijada post-construccionista: historicidade, subjetividad, performatividad, acción. In Neusa Guareschi (Org), Estratégias de invenção do presente: a psicologia social no contemporâneo (pp. 5-42). Centro Eldelstein de Pesquisas Sociais.
Joly, Martine. (1994). Introdução à análise da imagem. Lisboa.
Louro, Guacira Lopes. (2003). Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista (6ª. ed). Vozes.
Marcondes, Mariana Mazzini. (2012). A divisão sexual dos cuidados: do welfare state ao neoliberalismo. Argumentum, 4(1), 91-106. https://doi.org/10.18315/argumentum.v4i1.2106
Moreira, Lisandra., e Nardi, Henrique. (2009). Mãe é tudo igual? Enunciados produzindo maternidade(s) contemporânea(s). Estudos feministas, 17(2), 569-594.
Moreira, Renata Leite., e Raseira, Emerson. (2010). Maternidades: os repertórios interpretativos utilizados para descrevê-las. Psicologia e Sociedade, 22(3), 529-537. https://doi.org/10.1590/S0102-71822010000300013
Moura, Solange Maria., e Araújo, Maria de Fátima. (2004). A maternidade na história e a história dos cuidados maternos. Psicologia, ciência e profissão, 24(1), 44-55. https://doi.org/10.1590/S1414-98932004000100006
Rasera, Emerson Fernando., e Japur, Marisa. (2005). Os sentidos da construção social: o convite construcionista para a psicologia. Paidéia, 15(30). 21-29. https://www.scielo.br/pdf/paideia/v15n30/05.pdf
Santaella, Lucia. (1983). O que é semiótica? Brasiliense.
Santaella, Lucia. (2003). Cultura e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. Paulus.
Scott, Joan. (1995). Gênero: Uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, 20(2), 71-99. https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/71721/40667.
Silva, Ariana Kelly Leandra da. (2013). Diversidade sexual e de gênero: a construção do sujeito social. Revista NUFEN, 1(5), 12-25. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-25912013000100003
Spink, Mary Jane. (2010). Linguagem e produção de sentidos no cotidiano. Rio de Janeiro.
Spink, Mary Jane. (2013). Práticas discursivas e produção de subjetividade no cotidiano. Cortez.
Trindade, Zeide Araujo., e Enumo, Sônia Regina. (2002). Triste e incompleta: uma visão feminina da mulher infértil. Dossiê família, 13(2). https://www.scielo.br/j/pusp/a/jR8vxx3VJBfcQcppNcwhztj/abstract/?lang=pt&format=html
Zanello, Valeska. (2016). Dispositivo materno e processos de subjetivação: desafios para a Psicologia. In Conselho Federal de Psicologia (Org), Aborto e (não) desejo de maternidade(s): questões para a psicologia (pp. 103-122). Brasília.
Comments
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Copyright (c) 2023 Heloísa Derkoski Dalla Nora, Eliane Cadoná