Resumo
Este ensaio aborda a ideia de como corpo é concebido na pintura a partir de obras da pós-pornografia. Nesse movimento, o sexo não é visto como um negócio lucrativo, mas pode-se vê-lo, reproduzi-lo e fazer arte a partir do corpo, pele, fluidos e orifícios, num sentido do obsceno e abjeto. Mas, também contempla um sentido estético a partir do qual novas opções em seu discurso começam a ser forjadas. Na pós-pornografia, a ideia de prazer não surge mais apenas pelo puro prazer corporal, mas pelo seu prazer estético. Encontramos, então, uma diferença entre erotismo e pornografia, isto é, um lugar alternativo para esses dois tópicos onde está localizada a pós-pornografia. Realiza-se uma análise sobre o lugar da pintura dentro deste movimento tomando alguns artistas como referência. A corporeidade sexual e o pornográfico são reivindicados na obra a partir da pintura, do seu discurso e da ressignificação de um conceito que é conhecido de uma maneira primária, para criar novos significados.
Referências
Barthes, Roland. (2009). La cámara lúcida. París: Editorial Paidos.
Eco, Umberto. (2007). Historia de la fealdad. México: Debolsillo.
Gimenez Gatto, Fabián. (2011). Erótica de la banalidad. Simulaciones, abyecciones y eyaculaciones. México: Fontamara-Universidad Autónoma de Querétaro.
Jean-Marc, Lachaud, & Neveux, Olivier. (2007). Cuerpos dominados, cuerpos en ruptura. Argentina: Editorial Nueva Visión.
Jones, Amelia. (2011). El cuerpo del artista. Estados Unidos: Editorial Phaidon.
Llopis, María. (2010). El postporno era eso. España: Editorial UHF
Milano, Laura. (2014). Usina posporno. Disidencia sexual, arte y autogestión en la pospornografía. Buenos Aires: Editorial Título.
Preciado, Beatriz. (2010). Pornotopía. Arquitectura y sexualidad en “Playboy” durante la guerra fría. España: Editorial ANAGRAMA.
Real Academia Española. (2000). Diccionario de la lengua española (23a ed.). España: Editorial Espasa-Calpe.
Smee, Sebastián, (2007). Lucian Freud, el animal al descubierto. Londres: Editorial Espasa-Calp Taschen.
Rodríguez Maciel, Cristina. (2011). Nancytropías. Topografías de una filosofía por venir en Jean-Luc Nancy. Madrid: Editorial Colección Pensamiento Contemporáneo.