Resumo
A violência representada na literatura da América Central do pós-guerra tem sido associada ao desencanto produzido pelos projetos políticos utópicos do século XX. No entanto, pouco tem sido relacionado à implementação do neoliberalismo. Sob essa linha de análise, este ensaio faz um contraponto entre a violência representada na literatura do período de conflito armado e a do atual cenário do pós-guerra. Dois trabalhos de depoimento são tomados como amostra: Um dia na vida (1980), de Manlio Argueta e Crônica dos anos do Fogo (1993), de Marco Antonio Flores; e dois publicados nos anos 90: El arma en el hombre (2001), de Horacio Castellanos Moya e El cojo bueno (1996), de Rodrigo Rey Rosa. Conclui-se que a literatura do pós-guerra estudada mostra como a violência afetou os indivíduos desarticulados da comunidade, como mostra a atomização sofrida pelos sujeitos na sociedade neoliberal, o que os reduziu a indivíduos privados do coletivo.
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