Prevalência de sintomas de distúrbios musculoesqueléticos e condições de teletrabalho em funcionários de uma empresa pública na Costa Rica

Resumo

A pandemia da COVID-19 fez com que as organizações tomassem medidas extremas para conter a doença; assim, o teletrabalho surgiu como uma das ações mais importantes para mitigar o contágio. O objetivo deste estudo foi descobrir a prevalência de sintomas de distúrbios musculoesqueléticos e suas principais condições de teletrabalho associadas. Usando um instrumento de coleta de autopreenchimento baseado no Questionário Nórdico de Distúrbios Osteomusculares padronizado, que foi enviado por correio institucional, foi encontrada uma prevalência geral de pelo menos um sintoma em 70,4% (71,9% das pessoas do gênero feminino e 68,6% do masculino). A área do membro superior teve a maior prevalência, com 50%. As pessoas que se exercitam mais têm a melhor saúde física autorrelatadaχ2 (3, n = 108) = 10,8, p = 0,01. Foi encontrada uma relação entre a presença de sintomas cervicais e pessoas que indicavam dominância da mão esquerda χ2(1, n = 108) = 4,10, p = 0,04, bem como em pessoas do gênero femininoχ2(1, n = 108) = 9, p = 0,003. A relação nos membros inferiores foi encontrada em pessoas que relataram um alto nível de estresse χ2(4, n = 108) = 10,7, p = 0,03, e naquelas que relataram uma autopercepção de saúde física inferior a boa χ2(1, n = 108) = 12,1, p < 0 ,001.