Cuadernos Inter.c.a.mbio sobre Centroamérica y el Caribe ISSN Impreso: 1659-0139 ISSN electrónico: 1659-4940

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The Rhythm of our Culture

The Rythm of our Culture é um documentário de curta-metragem produzido pelo Bluefields Sound System e seu diretor Michael Britton Allen (2016). Seu principal objetivo é homenagear a May Pole, a música tradicional mais associada à identidade de Bluefields. O documentário, cujo pano de fundo musical é a canção See the rondon bubbling (Veja o rondon borbulhando), tem duração de 15 minutos e apresenta alguns dos músicos que compunham a famosa Zínica Band, hoje extinta. Ao redor de um saboroso rondon, Aldrin Nash, Cipriano Urbina, René Casells, Herbbert Perry, David González e Putchie relembram e explicam a importância e as características da música de Palo de Mayo, que todos os anos sai às ruas de Bluefields para comemorar o fim da estação seca e a chegada das chuvas. De acordo com o historiador Johnny Hodgson, a origem dessa celebração está na Inglaterra, de onde foi trazida pela Jamaica para a Costa e depois hibridizada com outros ritmos de origem caribenha. Como explica Britton, essa música combina o ritmo do mento jamaicano com o jazz, que chegou a Bluefields por meio do enclave das bananas no final do século XIX. O Bluefields Sound System e seu diretor Michael Britton Allen esperam produzir um vídeo mais longo em um futuro próximo, que incluirá os ritmos de outros grupos étnicos que habitam a costa caribenha da Nicarágua.

Mayra Herra Monge

Professora aposentada

Universidade da Costa Rica

...and they came and stayed...

…y llegaron para quedarse… (...e eles vieram para ficar...) é um breve relato da chegada e permanência dos afro-caribenhos que vieram para a Costa Rica no final do século XIX. Como diz o título, eles vieram para ficar e contribuir para o desenvolvimento e o bem-estar deste país, apesar da marginalização e do esquecimento em que nosso paradigma cultural hegemônico baseado na branquitude e no “vallecentralismo” os manteve. As elipses no início e no final do título são altamente simbólicas e indicam a continuidade dessa narrativa: no início, porque a presença de afrodescendentes na Costa Rica não começa com a chegada dessas pessoas em 1872, mas desde os tempos coloniais; no final, porque seus descendentes, agora costarriquenhos, já são parte integrante de nossa sociedade e esperamos que isso continue acontecendo. Este vídeo foi concebido como uma ferramenta didática que pode ser usada por nossos educadores em escolas e faculdades, bem como em outras instituições; daí seu caráter simples e explicativo. Nosso principal objetivo é que muitos costarriquenhos e pessoas de outros lugares conheçam um capítulo importante de nossa história e valorizem a grande contribuição que a cultura afro-costarriquenha nos deu.

Mayra Herra Monge

Professora aposentada

Universidade da Costa Rica