Boas práticas para orientação de teses de graduação e pós-graduação

Resumo

 A formação recebida pelos estudantes universitários e, particularmente, a rigorosidade com que suas teses são supervisadas, incidem diretamente na qualidade de professionais que se formam. Portanto, além da importância de prevenir problemas na relação docente-estudante durante o processo de criação de tese, é valioso propor boas práticas para sua supervisão. Neste ensaio são identificados aspectos sensíveis do processo para dar recomendações complementares ao trabalho docente, já que a maioria das pessoas que atuam como diretoras de tese não receberam uma formação concreta para essa função; aprendem o ofício por tentativa e erro. As deficiências abundam e prejudicam os estudantes. Nos seguintes parágrafos são apontados elementos práticos suscetíveis de melhoras, particularmente, aqueles referentes aos prazos e procedimentos para a revisão de documentos por parte do comitê assessor, como também à autoria das publicações resultantes e à função daqueles que conformam esse comitê, sua seleção e remuneração. Igualmente, apresenta a gestão das expectativas das pessoas envolvidas, a função de dirigir o trabalho de dois ou mais estudantes, o nível de supervisão que deve ser exercido por quem conduz a tese e a avaliação de cada uma. Em lugar de tentar impor uma regulamentação que, necessariamente, será intrusiva e imperfeita, são propostas boas práticas derivadas de experiências positivas e negativas dos autores como tutores de mais de 40 teses. O propósito é o fortalecimento da integridade acadêmica do pessoal docente das universidades e a melhora da formação de profissionais.